Resumo

Título do Artigo

IMPACTO ACADÊMICO DE ELINOR OSTROM: REVISÃO CIENTOMÉTRICA DE UMA LAUREADA COM O NOBEL
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Palavras Chave

Cientometria
Bibliometria
Elinor Ostrom

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Desenvolvimento Sustentável e os ODSs

Autores

Nome
1 - Luiz Flávio Felizardo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - DAE
2 - Gisleine do Carmo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia
3 - Vanessa de Souza Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI (UFSJ) - Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (PROFNIT)
4 - Vitor Anacleto Rodarte Andrade
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - PRP
5 - Daniel Rocha Gualberto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI (UFSJ) - SEDSI

Reumo

Embora seja possível encontrar trabalhos analisando e comparando os estudos de Ostrom, todos com contribuições válidas e importantes, é notável como deixaram uma lacuna ao não propor um estudo quantitativo cientométrico mais amplo. Mesmo Bhattacharyya e Sahu (2020), não investigaram os artigos que citam publicações de Ostrom e se limitaram a base Scopus. Assim, semelhante ao que foi feito em Chen (2018) ao analisar as publicações de Eugene Garfield, neste artigo, apresenta-se uma revisão cientométrica das publicações de Ostrom e seu impacto acadêmico utilizados diversos softwares de apoio.
Algumas perguntas que norteiam o trabalho são: como a produtividade acadêmica de Ostrom evoluiu ao longo dos anos? Qual de seus trabalhos é mais citado por outras pessoas? Quais referências Ostrom mais citou? Como é a distribuição das publicações que citaram o trabalho de Ostrom? Dentre outras. A partir daí, definiu-se como objetivo do artigo, apresentar uma revisão cientométrica da literatura científica da autora com base em dois conjuntos de publicações. O primeiro composto por 93 publicações de autoria ou coautoria de Elinor Ostrom e o segundo com 15.729 publicações que citam suas obras.
Diversos estudos discutiram dilemas comportamentais ligados à ação coletiva, por exemplo Gordon (1954), Olson (1965) e Hardin (1968), esses artigos abordaram as dificuldades dos indivíduos em se auto organizar e superar o dilema da ação coletiva. Tais autores apresentam uma visão pessimista em relação ao gerenciamento de bens comuns pelos indivíduos e também a uma cooperação não egoísta. Por outro lado, Elinor Ostrom se opôs a essa visão pessimista e viu a possibilidade de superar esse dilema. A partir de suas obras, Ostrom foi a primeira mulher a receber o prêmio Nobel de economia.
As análises foram divididas em seis etapas e investigaram os 93 documentos publicados por Ostrom (SA), juntamente com todos os 15.729 documentos que citam os trabalhos da autora (SB). As etapas incluíram, 1) análise de tendências temporais e análise de volume de publicações, 2) análise de referências e artigos mais citados, 3) análise de fontes (revistas e conferências), 4) análise de área ou campo de pesquisa com mapa de sobreposição duplo, 5) análise de palavras-chave com árvores de palavras e 6) Análise de clusters de co-citação.
O estudo mostrou uma visão geral das publicações e citações de Elinor Ostrom, a primeira mulher a receber o prêmio Nobel em ciências econômicas, após uma hegemonia masculina de quarenta anos. Também é possível identificar suas principais e mais citadas obras dentre os 50 anos de publicações da autora. Pela quantidade de publicações realizadas pela autora na base utilizada, 93, e a quantidade de citações recebidas, quase 16000, é possível ter uma ideia do tamanho do impacto científico que Elinor Ostrom teve e ainda tem, especialmente nas áreas de meio ambiente e ecologia, além de economia.
Bhattacharyya, P. K., & Sahu, N. B. (2020). Informetric Portrait of Elinor Ostrom, the Nobel Laureate in the Field of Economic Sciences. Journal of Scientometric Research, 9(2), 204-213. Chen, C. (2018). Eugene Garfield’s scholarly impact: A scientometric review. Scientometrics, 114(2), 489-516. Dietz, T., Ostrom, E., & Stern, P. C. (2003). The struggle to govern the commons. Science, 302(5652), 1907-1912. Ostrom, E. (1990). Governing the commons: The evolution of institutions for collective action. Cambridge university press.