Resumo

Título do Artigo

MULHERES NO COMITÊ DE AUDITORIA E A EVIDENCIAÇÃO AMBIENTAL, SOCIAL E DE GOVERNANÇA (ESG) EM BANCOS
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Palavras Chave

Comitê de Auditoria
Representatividade feminina
ESG

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégias ESG e Sustentabilidade Corporativa

Autores

Nome
1 - Juliana Costa Ribeiro Prates
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - FACE
2 - Leandro Lima Resende
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL-MG) - Campus Varginha - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA)
3 - jacqueline veneroso alves da cunha
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas

Reumo

A literatura sugere que a diversidade da estrutura de governança das instituições pode influenciar positivamente o nível de evidenciação ESG. Contudo, no Brasil, há evidências empíricas divergentes nessa temática. Sob a ótica da Teoria da Legitimidade, este artigo contribui para o preenchimento dessa lacuna na literatura, uma vez que se propõe a estudar variáveis pouco exploradas do setor bancário brasileiro como o comitê de auditoria e a representação feminina por meio de duas proxies: percentual de mulheres no comitê e a interação com o mandato médio dos membros.
O artigo visa analisar a relação entre a representatividade feminina no Comitê de Auditoria e seus efeitos no disclosure ambiental, social e de governança (ESG) de bancos listados na B3.
A literatura evidencia que a representatividade feminina na estrutura de governança corporativa contribui para maior engajamento e divulgação de aspectos ESG. Há poucas evidências que consideram a representatividade feminina no Comitê de auditoria, que são relevantes para o fortalecimento das instituições, principalmente em instituições bancárias, cuja tomada de risco em excesso pode implicar em externalidades negativas de forma ampla. Sob a ótica da teoria da legitimidade um CA diversificado e engajado tende a fornecer supervisão eficiente para impactar o desempenho ESG dos bancos.
Por meio de regressão com dados em painel Logit, em uma amostra de 21 bancos listados na B3 para o período de 2011-2020, foram testadas e analisadas a relação da divulgação ESG com duas proxies para diversidade na estrutura de governança: percentual de mulheres no comitê e a interação desse percentual com o mandato médio dos membros no Comitê de Auditoria.
Foi constatado que ambas as variáveis de interesse foram significativas a um nível de significância de 5%. Os resultados revelaram que tanto o percentual de mulheres no Comitê de Auditoria como o tempo de mandato, isoladamente, podem reduzir a probabilidade de divulgação de cunho ESG dos bancos analisados. Porém, a interação entre as duas variáveis apresentou impactos positivos na probabilidade de divulgação ESG.
Características do Comitê de Auditoria podem ser isoladamente fracas, mas de forma conjunta, tendem a exercer influência relevante para aumentar a probabilidade de ocorrência das divulgações ESG. Os resultados encontrados na interação das variáveis revelam que o sinal da relação é alterado e a probabilidade de divulgação ESG aumenta. Nesse sentido, a representatividade feminina é aspecto determinante na probabilidade de ocorrência daquelas divulgações, e se associados a um maior tempo de mandato, podem contribuir para a ocorrência das divulgações ESG nessas instituições.
Birindelli, G., Dell’Atti, S., Iannuzzi, A. P., & Savioli, M. (2018). Composition and activity of the board of directors: Impact on ESG performance in the banking system. Sustainability, 10(12), 4699. Boulouta, I. (2013). Hidden connections: The link between board gender diversity and corporate social performance. Journal of Business Ethics, 113(2), 185-197. Bravo, F., & Reguera‐Alvarado, N. (2019). Sustainable development disclosure: Environmental, social, and governance reporting and gender diversity in the audit committee. Business Strategy and the Environment, 28(2), 418-429.