Resumo

Título do Artigo

"Calado, não me Comprometo". Voz e Silêncio do Funcionário à Luz do Comprometimento Organizacional
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Palavras Chave

Voz
Silêncio
Comprometimento Organizacional

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Comportamento Humano

Autores

Nome
1 - Klinger Ceccon Caprioli
FUCAPE Business School - Vitória/ES
2 - Renata Có e Gomes
FUCAPE Business School - Vitória

Reumo

Este estudo aborda sobre a voz e o silêncio dos funcionários dentro das organizações. De acordo com Morrison e Milliken (2000), quando os colaboradores estão desmotivados a compartilhar suas ideias, sugestões e opiniões, as falhas e dificuldades constantes nos processos de trabalho deixam de ser informadas aos gestores, o que acarreta na dificuldade de detectar e corrigir os problemas existentes nas empresas. O comportamento de silenciar pode ser individual e até mesmo coletivo que remete aos estudos de Mannion e Davies (2015) e foi denominado silêncio organizacional.
O problema de pesquisa deste estudo é identificar o que leva os colaboradores a falar ou calar-se dentro da organização em que trabalham. Já o objetivo, é a criação de um modelo baseado na voz e silêncio dos funcionários, onde a voz e silêncio apresentam-se como parte integrante do comportamento humano, no que diz respeito ao comprometimento do indivíduo com sua organização. Falar ou não falar pode trazer consequências (in)desejáveis ao trabalhador. Esperamos que esse modelo, contribua na literatura sobre voz e silêncio dos funcionários, e ainda auxilie na resolução de conflitos.
A voz dos colaboradores é compreendida como uma comunicação formal ou informal, porém facultativa (Morrison, 2011). Pinder e Harlos (2001) definem o silêncio do funcionário como retenção intencional da voz por parte do colaborador. A literatura tem estudado o Comprometimento Organizacional (Simon & Coltre, 2012), que é refletido por grau de desejo; grau de necessidade; e obrigação em permanecer na organização (Meyer & Allen, 1991). Funcionários se incentivam a falar. Porém, visões opostas dos funcionários em relação às visões da organização podem influenciar o silêncio (Fard & Karimi, 2015).
Voz e silêncio advindos de troca social, perspectivas culturais e traços de personalidade (Chou & Barron, 2016) sugerem uma oportunidade de investigação de ambos os construtos sob a ótica do comprometimento organizacional. É nessa lacuna que este estudo busca teorizar voz e silêncio como uma atitude a ser tomada pelo funcionário cujo tipo de comprometimento dominante possa induzi-lo a falar ou não. O modelo proposto baseado na voz e silêncio e no comprometimento organizacional sugere atitudes que o funcionário pode tomar em falar ou ficar calado diante do ambiente organizacional.
Este estudo não traz uma conclusão fechada, uma vez que propõe um modelo para provocar discussão sobre o tema e que esta possa suscitar pesquisas empíricas com a finalidade de validação ou não do modelo proposto. Sugerimos que o modelo apresentado possa ser aplicado e testado nas organizações.
Meyer, J. P., & Allen, N. J. (1991). A three-component conceptualization of organizational commitment. Human Resources Management Review, 1(1), pp. 61-89. Morrison, E. (2011), “Employee voice behaviour: integration and directions for future research”, The Academy of Management Annals, 5(1), pp. 373-412. Morrison, E. W., & Milliken, F. J. (2000). Organizational Silence: A Barrier to Change and Development in a Pluralistic World. Academy of Management Review, 25(4), pp. 706-725.