Resumo

Título do Artigo

DETERMINANTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL DE EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO NO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO
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Palavras Chave

Estrutura de capital
Teoria pecking order
Teoria trade-off

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - Vinicius Peliser Gibin
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Maringa
2 - Julyerme Matheus Tonin
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Departamento de Economia
3 - Alexandre Florindo Alves
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Departamento de Economia

Reumo

As mudanças ocorridas em prol do desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro, especialmente avanços regulatórios, institucionais ou normativos , facilitaram o acesso das empresas ao capital de terceiros, dinamizando suas atividades de financiamento e investimento. Assim, o crescimento do mercado de capitais e o aumento das fontes de financiamento, reforçaram a importância da definição da estrutura de capital, no âmbito da gestão empresarial.
Diante da relevância do tema, ressalta-se a importância de estudos com objetivo de identificar os determinantes da estrutura de capital, em diferentes setores produtivos. O estudo dos determinantes da estrutura de capital em diferentes setores produtivos leva em conta fatores como especificidade de ativos, estrutura de mercado, diferenciação de produtos ou práticas de governança inerentes a esses setores. Desta forma, a pesquisa objetiva identificar quais os determinantes da estrutura de capital e do nível de endividamento de empresas do agronegócio negociadas na Brasil Bolsa Balcão (B3).
Em relação à abordagem teórica, o presente estudo fundamenta-se nas vertentes pecking order e trade-off. Essa abordagem também foi utilizada por Martins et al. (2015) para a agroindústria canavieira do centro-oeste brasileiro. Dentre os achados de pesquisa, as quebras de safra e as barreiras tarifárias estão entre os fatores que afetam a captação de recursos nesse setor.
Em relação ao método utilizado, tem-se dados em painel com análise longitudinal estática e dinâmica utilizando-se estimação por generalized method of moments (GMM). Por fim, além de avaliar determinantes da estrutura de capital, conhecidos na literatura (tamanho da empresa, composição dos ativos, risco, rentabilidade e crescimento).
Com base nos resultados para o endividamento geral, por meio das estimativas robustas de Prais-Winsten, pode-se verificar relação positiva com a proxy para o tamanho da empresa. Para a variável intangibilidade também foi observada uma relação negativa com o endividamento, sugerindo aderência à teoria trade-off. Quanto à variável risco não se observou relação estatisticamente significativa com o endividamento geral. Por fim, para a variável crescimento das vendas obteve-se relação negativa com o endividamento de curto prazo, de acordo com que preconiza ambas as teorias.
Por meio das análises pôde ser verificado que, para o conjunto de empresas do agronegócio brasileiro utilizado no estudo, ambas as teorias pecking order e trade-off foram consistentes. Desta forma a teoria pecking order se mostrou mais adequada na determinação da estrutura de capital das empresas do agronegócio brasileiro, enquanto que a trade-off foi importante na explicação da dinâmica de ajuste da estrutura de capital no curto prazo. Como resultado complementar tem-se que a velocidade de ajustamento da estrutura de capital das empresas do agronegócio brasileiro é menor que outros setores.
ARELLANO, M.; BOND, S. Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and an application to employment equations. The Review of Economic Studies, v. 58, n. 2, p. 277-297, 1991. CORREA, C.A.; BASSO, L.F.C; NAKAMURA, W.T. A estrutura de capital das maiores empresas brasileiras: análise empírica das teorias de pecking order e trade-off usando panel data. Revista de Administração Mackenzie, v. 14, n. 4, 2013 FRANK, Murray Z.; GOYAL, Vidhan K. Capital structure decisions: which factors are reliably important? Financial Management, v. 38, n. 1, p. 1-37, 2009.