Resumo

Título do Artigo

BARREIRAS À INOVAÇÃO NO PRODUTO NAS PME DO SECTOR DOS SERVIÇOS EM PORTUGAL
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Palavras Chave

Barreiras à inovação
PME de serviços
Inovação de produto

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Mariana Martinez Campos
Universidade da Beira Interior (UBI) - Departamento de Gestão e Economia
2 - Maria Jose Aguilar Madeira
Universidade da Beira Interior - NECE-UBI Research Centre 
3 - Luísa Margarida Cagica Carvalho
Instituto Politécnico de Setúbal - Escola Superior de Ciências Empresariais

Reumo

O estudo das barreiras à inovação no contexto das PMEs é essencial para ajudá-las a identificar esses fatores limitadores e superá-los com sucesso. As PME representam 99,9% do número total de empresas em Portugal, empregam 79% da população activa e o sector dos serviços emprega perto de 70% da população ativa. O seguinte estudo pretende identificar através do uso de dados secundários pertencentes ao CIS 2018, a relação que existe entre as barreiras à inovação e as inovações em produto, processo e atividades de inovação abandonadas nas PME de serviços portuguesas no período 2016-2018.
A pesquisa tem como objetivo identificar a relação existente entre as barreiras à inovação e as inovações de produto, de processo e atividades de inovação abandonadas nas PME do sector serviços. Neste sentido, visa: (i) identificar e analisar os tipos de barreiras à inovação e (ii) caracterizar as inovações de produto, processo e atividades de inovação abandonadas.
A revisão da literatura incide sobre a inovação dos serviços e as barreiras à inovação ao nível do produto. A pesquisa incide sobre inovação e barreiras à inovação no contexto das PME.
Neste trabalho utiliza-se a abordagem quantitativa, com recurso a dados secundários recolhidos entre julho e dezembro de 2019 através do Inquérito Comunitário à Inovação, publicação que divulga as atividades de inovação realizadas pelas empresas no período 2016-2018 em território português. A pesquisa utiliza o modelo Regressão Logística. Amostra é composta 6182 empresas pertencentes às secções G a S da CAE (Classificação da Atividade Económica) com um número de empregados entre 10 e 249, ou seja, Pequenas e Médias Empresas.
Foram construídos três modelos de regressão logística, para inovação em nível de produto, processos e atividades de inovação abandonadas e o software usado foi o SPSS Statistics 27. A falta de crédito ou de investimento privado e a falta de acesso a conhecimento externo surgiram como barreiras à inovação significativas nos modelos de inovação de produto e processos. Os custos elevados, falta de funcionários qualificados, mercado com procura incerta e diferentes prioridades dentro da empresa surgiram como barreiras à inovação que levam às PME a abandonar suas atividades de inovação.
Tanto no modelo de inovação de produto quanto no modelo de inovação de processos surgiram as mesmas barreiras à inovação: Falta de crédito ou de investimento privado e Falta de acesso a conhecimento externo. Os dois fatores identificados como barreiras à inovação em produto e processos referem-se a fatores externos à empresa. Nenhum fator de mercado foi destacado como uma barreira significativa à inovação de produto e processos. Segundo a análise do parâmetro Exp(B), a variável mercado com procura incerta para as suas ideias tem uma acção mais influente sobre o abandono de atividades.
Canepa, A., & Stoneman, P. (2008). Financial constraints to innovation in the UK: Evidence from CIS2 and CIS3. Oxford Economic Papers, 60, 711-730 https://doi.org/10.1093/oep/gpm044 Garcia-Quevedo, J., Segarra-Blasco, A., & Teruel, M. (2018). Financial constraints and the failure of innovation projects. Technological forecasting and social change, 127, 127–140. https://doi.org/10.1016/j.techfore.2017.05.029 Madrid-Guijarro, A., Garcia, D., & Van Auken, H. (2009). Barriers to Innovation among Spanish Manufacturing SMEs. Journal of small business management, 47(4), 465–488. https://doi.org/10.11