Resumo

Título do Artigo

INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO RISCO DE ENDIVIDAMENTO, QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE
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Palavras Chave

EDUCAÇÃO FINANCEIRA
ENDIVIDAMENTO
QUALIDADE DE VIDA

Área

Finanças

Tema

Finanças Comportamentais

Autores

Nome
1 - Guilherme Santos Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Santa Mônica
2 - Pablo Rogers
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios
3 - Dany Rogers
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FACES

Reumo

O endividamento, além de um problema financeiro, mostra-se como um problema clínico, ao desencadear distúrbios relacionados a ansiedade e depressão, por exemplo. Dentre os fatores relacionados ao aumento do endividamento nas populações está a falta da educação financeira à maioria dos indivíduos, bem como fatores comportamentais por influenciar nas decisões de consumo, nas decisões de gerenciamento do dinheiro, de poupança e na manutenção das dívidas.
Este estudo identifica relações entre fatores comportamentais, o endividamento, e a saúde mental, física e qualidade de vida através da análise de variáveis comportamentais e sociodemográficas. O intuito é entender sobre indivíduos endividados ao confrontar as características observadas com sintomas de ansiedade, depressão e qualidade de vida por meio da construção de um modelo estrutural o qual busca a relação entre todas as variáveis estudadas.
A dívida gera desconforto, sendo associada em diferentes públicos, em graus diversos, a uma piora no funcionamento psicológico. O entendimento sobre educação financeira é insuficiente para grande massa da população. Logo, compreender a relação entre educação financeira e dívidas é essencial dado os impactos negativos do último à saúde das pessoas. Fato é que as decisões financeiras são impactadas pela orientação temporal (relação tempo x dinheiro), autocontrole e materialismo (Faveri, 2017).
Utilizou-se uma subamostra extraída de Diniz (2015) e Souza, Rogers e Rogers (2019). Do primeiro, coletou-se as variáveis comportamentais educação financeira (EF), orientação temporal (OT), autocontrole (AC) e materialismo (MAT) – e, do segundo, as variáveis sociodemográficas endividamento (END), ansiedade (IAB), depressão (IDB) e qualidade de vida e saúde (QVS). Foi computado o teste de confiabilidade de Alpha de Cronbach (α). Usou-se a técnica de Modelagem de Equações Estruturais (SEM) para determinar o grau de impacto do endividamento na saúde mental, física e na qualidade de vida.
Os resultados da estimação do modelo de equação estrutural indicaram que apenas algumas das variáveis se mostraram diretamente relacionadas com o endividamento, onde principalmente a EF, a renda (>3 sal. mínimo) e número de dependentes (>1 dependente), impactavam diretamente no endividamento, enquanto o AC e a OT atuam de forma indireta. Estas duas variáveis se mostraram altamente relacionadas com a EF de forma que a partir dela, interferiam no endividamento. O MAT não se mostrou significativo quando relacionado ao risco de endividamento, mas apresentou alta relação com IAB, IDB e QVS.
As conclusões deste trabalho apontam para a urgência e a necessidade de serem desenvolvidas ações efetivas para minimizar o problema do endividamento, sendo um dos meios para alcançar este objetivo, o desenvolvimento de programas sociais e/ou privados que levem educação financeira para as pessoas, de forma que elas não aprendam apenas conceitos financeiros, mas que coloquem em prática no seu dia a dia esse aprendizado.
Diniz, P. C. D. O. C. (2015). O processo de concessão de crédito pela empresa: um estudo sobre o comportamento do tomador (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil. Faveri, D. B. D. (2017). Impaciência nas escolhas intertemporais: uma abordagem comportamental. (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, SC, Brasil. Souza, Guilherme Santos; ROGERS, Pablo; ROGERS, Dany. Endividamento, Qualidade de Vida e Saúde Mental e Física. Revista de Administração Mackenzie, 2019.