Resumo

Título do Artigo

LIDERANÇA ESPIRITUAL EM UMA FUNDAÇÃO DA SAÚDE DE JOÃO PESSOA
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Palavras Chave

Gestão de Pessoas
Liderança Espiritual
Terceiro Setor da Saúde

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Social e Organizações do Terceiro Setor

Autores

Nome
1 - Thiago Silveira Ramalho
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA)
2 - Nayele Macini
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - PPGAO

Reumo

A liderança espiritual (LE) destaca-se pelo potencial de impacto positivo, em criar visão e congruência de valores na equipe, a capacitar a nível individual, promovendo compromisso e produtividade (Fry,2003). Ela tem capacidade de atender necessidades rotineiras, como promover alternativas sociais para situações emergenciais, como a pandêmica da Covid-19 (Williams,2020). Os estilos e atributos de liderança é um dos temas abordados na área da gestão de pessoas no terceiro setor - TS (Raptopoulos & Silva,2018). O TS tende a colaborar com os ODS. São quatro Fundações Privadas em João Pessoa/PB.
Ainda que a LE tenha características inerentes ao TS, verifica-se uma lacuna de pesquisas que identifiquem tais práxis, já que foi encontrado apenas um estudo que trata da LE no TS (Cregård, 2017). Outro gap é que não foi verificado nenhum estudo que analisasse o Modelo Holístico de Liderança Espiritual (MHLE) (Oh&Wang, 2020). Estudar estilos de lideranças atuantes no TS auxilia o desenvolvimento de práticas da gestão de pessoas mais fidedignas a estas organizações (Raptopoulos & Silva, 2018). Portanto: quais as características da liderança espiritual em uma Fundação da saúde em João Pessoa?
O MHLE consiste em cinco componentes, cada um com sua quantidade de fatores, totalizando 47: 1º “Antecedentes” (2), 2º “Qualidades dos Líderes Espirituais” (3), 3º “Bem-estar Espiritual” (2), 4º “Moderadores” (8) e “Mediadores” (8) e 5º “Resultados” nos Seguidores, Atitude ou Psicológico (9) e Comportamental (7), ou na Organização, Tangível (3) e Intangível (5). As Organizações da Sociedade Civil (OSCs) tentam superar o “amadorismo” que prejudica seu desempenho (Fischer, 2004). A Fundação criada em 2014 atua no tratamento da dependência química por meio de um centro terapêutico.
A pesquisa qualitativa tem um escopo temático que trata das categorias e fatores do MHLE (Oh & Wang, 2020). O escopo geográfico é uma OSC da saúde em João Pessoa/PB e o temporal é longitudinal. O estudo de caso é único, do tipo interpretativo (Godoy, 2010). As entrevistas com quatro indivíduos foram analisadas pelo Atlas.ti, via análise de conteúdo e codificação (Saldaña,2016). As transcrições geraram nuvem de palavras e quadros temáticos hachurados em verde, amarelo e verde para responder à questão de pesquisa Foi utilizado questionário sociodemográfico e estatística descritiva.
Oito fatores analisados por 35 indicadores (Fry et al., 2017), de: 1º) Vida Interior (4); 2º) Amor Altruísta (5), Esperança/Fé (4) e Visão (4); 3º) Chamado/Significado (4), Associação/Pertencimento (4); nenhum do 4º; e 5º) “Atitude ou Psicológico”: Comprometimento Organizacional (5) e Satisfação na Vida (5). A “Ordem Social” baseou-se em Hunsaker (2014) e o “Comportamento Cidadão na Organização” em Phuong et al. (2018). Todas as categorias e 39 dos 47 fatores do MHLE foram identificados (Oh & Wang, 2020). Os resultados demonstram que a LE é fortemente presente na Fundação.
O objetivo de identificar características da LE em uma Fundação foi alcançado. A ausência de resultados como eficácia de mercado e virtuosidade organizacional, sinalizam reflexo da baixa qualificação profissional, embora Fischer(2004) há mencionado a exigência de alto nível das OSCs atuantes na saúde, o que pode ser uma característica comum em organizações voltadas ao tratamento da dependência química. Ela diz que a religiosidade tende à informalidade, observada na Fundação. É importante se trata-se de um sintoma inerente à área atuante ou devido a atitude informal por influência religiosa.
Brescoll, V. (2016). doi:10.1016/j.leaqua.2016.02.005 Cregård, A. (2017). doi:10.1002/nml.21262 Fry, L. (2003). doi:10.1016/j.leaqua.2003.09.001 Fischer, R. (2004). GP nas organizações do TS Fry, L. et al. (2017). doi: 10.1080/14766086.2016.1202130 Godoy, A.(2010). Estudo de Caso Qualitativo. SP: Saraiva. Hunsaker, W. (2014). doi:10.5539/ass.v10n12p130 Oh, J. & Wang, J. (2020). doi: 10.1080/14766086.2020.1728568 Phuong, N. et al. (2018). doi:10.21315/aamj2018.23.2.3. Raptopoulos, M. & Silva, J. (2018). doi: 10.21714/pretexto.v19i3.6161 Saldaña, J.(2016). Qualitative researchers.