Dimensões Criativas, Comportamentais e Culturais da Inovação
Autores
Nome
1 - Arthur Gabriel Guedes Rocha UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGAdm/Ufes)
2 - José Edemir da Silva Anjo UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras (PPGA/UFLA)
3 - Jéssyca Fraga Vieira UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Vitória
Reumo
Criatividade e inovação são temas com fronteiras próximas, que se articulam e que mutuamente se relacionam. Enquanto a inovação se volta para a implementação bem-sucedida de concepções criativas de produtos, processos ou serviço, a criatividade consiste na geração de ideias novas e úteis (Amabile, 1988; Amabile & Pratt, 2016). Ou seja, para inovar nas organizações é preciso estimular a criatividade.
Muitas produções têm criado uma fronteira entre os estudos de criatividade e inovação, concebendo ora escopos exclusivos à inovação ora à criatividade. Por esse motivo, os temas embora correlacionados são desenvolvidos sem aproximação, o que pode comprometer o processo criativo-inovador nas organizações, uma vez que os pontos de partida são distintos. Por essa via, neste trabalho, propomos pensar a criatividade e a inovação como um processo. Para isso, organizamos alguns temas que permitem compreender a criatividade como antecedente à inovação.
Discutimos os aspectos conceituais em torno de criatividade nas organizações(Amabile & Pratt, 2016; Ford, 1996; Amabile, 1988), seguida de subseções que tratam especificamente das abordagens do design thinking (Elsbasch & Stigiliani, 2018; Stephens & Boland, 2015), processo da jornada da ideia (Perry-Smith & Mannucci, 2017) e o papel da liderança (Muzzio, 2017; Carvalhal & Muzzio, 2015; Rickards & Moger, 2000)
Utilizamos a articulação teórica do design thinking, processo da jornada da ideia e o papel da liderança como via de estruturação do processo de criatividade - ou seja, um antecedente à inovação. Com isso, nossos esforços, articulações e desenvolvimento de métodos serão relacionados a variáveis que têm implicações diretas para o contexto das organizações e seus processos.
Compreendemos que a estruturação criteriosa de um problema, a identificação das necessidades inerentes a cada fase do processo que vai desde a geração até a implementação de uma ideia, e o estímulo a uma liderança que fomente a criatividade na organização, são aspectos importantes a serem considerados no processo criativo-inovador. Em outras palavras, tais aspectos são fatores necessários às organizações que visam à inovação.
Amabile, T. M., & Pratt, M. G. (2016). The dynamic componential model of creativity and innovationin organizations: Making progress, making meaning. Research in Organizational Behavior. Ford. C. M. (1996). A Theory of Individual Creative Action in Multiple Social Domains. Academy of Management Review, 21(4). Amabile, T. M. (1988). A model of creativity and innovation in organizations. In B. M. Staw, & L. L. Cummings (Eds.), Research in Organizational Behavior, vol. 10, 123-167. Greenwich, CT: JAI Press. Perry-Smith, J. E.; Mannucci, P. V. (2017). From Creativity to Innovation.