Resumo

Título do Artigo

Saúde de mulheres e homens: a percepção dos profissionais de saúde sobre as políticas públicas PNAISM e PNAISH
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Palavras Chave

Políticas públicas
Profissionais de saúde
Gênero

Área

Administração Pública

Tema

Gestão em Saúde

Autores

Nome
1 - Laíza Nília da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Campus Viçosa
2 - Karla Maria Damiano Teixeira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Departamento de Economia Doméstica
4 - Suely de Fátima Ramos Silveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Departamento de Administração e Contabilidade
5 - Débora Gonzaga Martin
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Viçosa

Reumo

Políticas públicas que articulam a questão da saúde considerando o gênero são importantes para contribuir com a redução do hiato que existe entre a saúde feminina e a masculina. Considerando esta realidade, existem duas políticas públicas que fazem jus a esta necessidade, que são a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), e, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Ambas possuem foco na prevenção de doenças e de outros agravos, estando em conformidade com os interesses da atenção básica.
A questão investigativa é: como tem sido a execução das políticas públicas PNAISM e PNAISH sob a percepção dos profissionais de saúde? O objetivo geral deste trabalho é analisar o conhecimento das políticas públicas PNAISM e PNAISH na visão dos profissionais de saúde, refletindo sobre as questões de gênero e seus impactos nos cuidados com a saúde.
As diferenças entre a saúde de homens e mulheres têm tido destaque por ser um objeto de grande interesse dos pesquisadores (AQUINO, 2006). Diversas pesquisas têm investigado as relações de gênero na saúde quanto ao uso dos serviços e dos cuidados por parte dos usuários, principalmente, na atenção básica (COSTA-JÚNIOR; COUTO; MAIA, 2016; VILLELA, 2009; AQUINO, 2006). Um importante ator quando se estuda saúde e políticas públicas é o burocrata de nível de rua, agente estatal que presta serviços aos cidadãos (LIPSKY, 1980) e está próximo da população.
A pesquisa possui abordagem qualitativa, pois possibilitou a proximidade com a realidade nos municípios selecionados para participarem das entrevistas. Quanto aos objetivos, a pesquisa se classifica como exploratória-descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa é classificada como estudo de campo, utilizando de dados com natureza primária. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas fundamentadas em um roteiro semiestruturado, realizadas com profissionais da saúde de Rio Paranaíba e Santana do Deserto, totalizando cinco entrevistas.
Foram encontradas diferenças marcantes entre os municípios de Rio Paranaíba e Santana do Deserto, no que diz respeito às ações praticadas e treinamentos. Verificou-se a existência de diferenças acentuadas no comportamento de mulheres e homens com relação aos cuidados com a saúde, o tratamento, o acompanhamento e a participação em eventos. Em diversos momentos as masculinidades foram percebidas por meio dos relatos dos participantes, como o uso de medicamentos sem a prescrição médica, quando não fazem a prevenção e quando não continuam com o tratamento.
Reitera-se a importância da PNAISM e da PNAISH e sugere-se que sejam mais aproveitadas, divulgadas, utilizadas, que o investimento destinado a treinamentos para os profissionais de saúde, reestruturação de seus textos, objetivos e diretrizes, que promova a discussão de temáticas importantes para a população e também aquelas que estão emergindo na saúde. As limitações das políticas expostas nesse estudo demandam que sejam investigadas e avaliadas, com a intenção de melhorar a prestação dos serviços à população.
LEAL, A. F.; FIGUEIREDO, W. S.; NOGUEIRA-DA-SILVA, G. S. O percurso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dos Homens (PNAISH), desde a sua formulação até sua implementação nos serviços públicos locais de atenção à saúde. Ciência e Saúde Coletiva, v. 17, n. 10, p. 2607-2616, 2012. LIPSKY, M. Street-level bureaucracy: dilemmas of the individual in public service. New York: Russell Sage Foundation, 1980. VILLELA, W. V. Relações de gênero, processo saúde-doença e uma concepção de integralidade. BIS, Bol. Inst. Saúde (Impr.), n. 48, 2009.