Resumo

Este artigo surge da necessidade de identificação da análise das narrativas sobre sustentabilidade, num cenário em que a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) está em constante mudança (Carroll, 1999), e é constituída por interpretações, promulgações e negociações de legisladores, corporações e outros, justificando-se pela necessidade de entendimento das narrativas sobre sustentabilidade de uma instituição financeira.

Neste sentido, surge a necessidade de compreensão do processo de construção de significado de sustentabilidade que a instituição financeira possui e, sobretudo, de forma a evidenciar de fato sua sustentabilidade nos pilares econômico, social e ambiental que por mais provável que aparente ser, pode ser observado e reconhecido por órgãos internacionais como possuidora de práticas sustentáveis. Bem como destacando que a percepção do público envolvido nesta instituição faz com que o discurso emergido seja condizente com os caminhos percorridos pela instituição financeira.

Responsabilidade Social Empresarial (RSE) provém de uma variedade de posições, normas e expectativas sociais - em termos de formulação de definições, articulação ideais, estabelecendo princípios, contestando padrões, divulgando visões, apresentando planos, tendo sobretudo o potencial de estimular uma mudança social positiva, mesmo quando essa conversa não é refletida nas práticas organizacionais, surge o objetivo desta análise que trata de identificar através de um estudo do caso com método de pesquisa quantitativo e qualitativo.

Assim sendo, é necessário identificar a construção dessas narrativas no cenário organizacional, sobretudo em uma instituição financeira que possui acordos, metas e indicadores de sustentabilidade, ou seja, como pode ser reconhecida como sustentável tendo seu viés institucional no âmbito econômico. Desta forma, a contribuição deste estudo surge da necessidade de identificar como são construídas as narrativas sobre sustentabilidade, através dos indicadores de sustentabilidade de uma instituição financeira que lhe proporciona um reconhecimento mundial destas práticas sustentáveis.

Ao término dessa pesquisa, foi possível elencar uma série de impactos que a adoção da sustentabilidade empresarial provoca na comunicação organizacional, alargando seus limites e ampliando, portanto, seu papel estratégico. Esse tema, tão presente nas discussões acadêmicas e empresariais, ainda se mostra pouco explorado e necessita de maior amadurecimento. Ao iniciarmos a revisão bibliográfica, mostrou-se incipiente a literatura específica referente à comunicação da sustentabilidade.

O que se pretende destacar neste artigo é que com adoção de um discurso eficiente, concreto e aplicado em práticas, como um diferencial competitivo e como estratégia organizacional, é possível as organizações, seja através das práticas sociais, ambientais ou econômicas, alcançar ou pertencer ao âmbito da sustentabilidade. E nesse sentido, os argumentos efetivos da RSC são imprescindíveis para a consecução de tal resultado.