Resumo

Título do Artigo

PESSOAS TRANSEXUAIS IMPORTAM: desafios enfrentados no mercado de trabalho formal e nas organizações
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Palavras Chave

Transexuais
Mercado de Trabalho Formal
LGBTQIA+fobia

Área

Artigos Aplicados

Tema

Gestão de Pessoas

Autores

Nome
1 - Jamilly Cavalcante Herculano
FACULDADE CEARENSE (FAC) - Damas
2 - Carlos Dias Chaym
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Centro de Estudo Sociais Aplicados
3 - Patrícia Campelo do Amaral Façanha
FACULDADE CEARENSE (FAC) - Campus 2
4 - Maria Amélia Silva Gondim
FACULDADE CEARENSE (FAC) - Campus I

Reumo

Problemas como exclusão social e preconceito são relatos ainda abundantes quando considerada a população transexual. Embora seja possível afirmar que a sociedade contemporânea tem procurado de forma discursiva e prática pautar questões ligadas ao gênero, esse processo de ruptura com modelos anteriores de pensamento ainda traz consigo diversos desafios de inclusão efetiva. No Brasil, a linha que separa o trabalho formal do informal é muito mais densa para as pessoas transexuais e ainda são escassos os estudos que mapeiam os principais desafios de pessoas trans até o mercado de trabalho formal.
A pesquisa buscou entrevistar homens e mulheres transexuais que ocupam ou ocuparam recentemente algum cargo no mercado de trabalho formal. Pelo critério de acessibilidade, foram encontrados (as) respondentes geograficamente espalhados (as) pelo Brasil.
Para a ONU (2018), ocorre um assassinato motivado por homofobia ou transfobia a cada 27 horas, sendo que, para pessoas trans, esta realidade sobe para 51% como vítimas da LGBTQIA+fobia. Enquanto a expectativa de vida do brasileiro médio é de 76,3 anos (IBGE, 2019), a de uma pessoa trans é de 35 anos (SENADO, 2017). Isso não pode ser entendido apenas como uma estatística ou um fato isolado. Ao longo de toda a sua vida, pessoas trans enfrentam problemas que tendem a marginalizá-la e perpetuar um ciclo de preconceitos e injustiças pelo fato de não se identificarem com o gênero ao qual nasceram.
Busca-se com o estudo mapear os principais ciclos de desafios enfrentados por pessoas transexuais que ocupam ou ocuparam recentemente uma vaga no mercado de trabalho formal. Espera-se que ao trazer à tona esses desafios, a questão da pessoa trans seja melhor entendida pelas empresas, em especial atenção ao setor de Recursos Humanos. Não limitado a isso, a intervenção busca mostrar a outras pessoas transexuais relatos de pessoas que conseguiram romper o ciclo de preconceito, ajudando novas pessoas a se motivarem a continuar lutando para não ser mais uma pessoa marginalizada.
Há cinco grandes desafios: O primeiro diz respeito ao fato da pessoa trans ter que se conhecer e reconhecer como tal. O segundo é a família, círculo social imediato e que pode ou não aceitar a nova identidade social da pessoa. Terceiro, a aceitação da sociedade, mais fortemente ligado à noção de convívio social. O quarto desafio são os desafios adicionais de qualificação profissional que a pessoa trans enfrenta para poder entrar no trabalho formal. O quinto desafio é a efetivação da contratação. Esta é a consagração da resistência diante de um ciclo de preconceitos enfrentados ao longo da vida
O estudo expõe de forma sistemática a questão da pessoa transexual. Primeiramente, as empresas (e em especial o setor de Gestão de Pessoas) terá maior suporte teórico para lidar com problemas empíricos. Em segundo lugar, pessoas transexuais que tiverem acesso ao material poderão, por meio do relato de outras pessoas, compreender melhor os caminhos que as levaram ao lado oposto da marginalidade.