Resumo

Título do Artigo

DOS ATIVOS INTANGÍVEIS AO EMPREENDEDORISMO: UMA ANÁLISE SOBRE O CAPITAL INTELECTUAL, ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA E DESEMPENHO EM EMPRESAS DO SETOR DE SERVIÇOS CONTÁBEIS
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Palavras Chave

Capital Intelectual
Orientação Empreendedora
Desempenho

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia de Pequenas e Médias Empresas

Autores

Nome
1 - Carlos Ricardo Rossetto
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA
2 - Sérgio Begnini
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS) - Administração
3 - Suzete Antonieta Lizote
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Itajai
4 - Ana Paula dos Santos
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Biguaçú

Reumo

A globalização desloca o valor das empresas dos ativos tangíveis para os intangíveis. Dentre esses o conhecimento e o capital intelectual vêm ganhando importância. O capital intelectual está relacionado ao papel que desempenha o conhecimento na economia (STEFANO, SANTORI, 2016). Outra característica importante a considerar, que atua na consolidação das vantagens competitivas e na obtenção de melhores desempenhos, é a orientação empreendedora. Outro fator essencial para o sucesso das empresas é adotar uma Orientação Empreendedora (OE) na elaboração de estratégias (SEMRAU, AMBOS, KRAUS, 2016).
Alegre e Chiva (2013) destacam a necessidade de estudos em economias em desenvolvimento e fora de setores tradicionais quando se aborda CI, OE e desempenho. Gupta et al. (2019) solicitam pesquisas examinando o papel da CI, OE no desempenho. Pelas argumentações, a pergunta é: Qual o efeito do capital intelectual e da orientação empreendedora no desempenho organizacional em empresas de serviços contábeis do Estado de Santa Catarina. O objetivo é analisar a relação entre capital intelectual, orientação empreendedora e desempenho em empresas de serviços contábeis do Estado de Santa Catarina.
No contexto atual, as empresas que conseguem utilizar da melhor forma possivel o capital intelectual, tem maiores chances de serem bem sucedidas (Al-Jinini, Dahiyat, e Bontis, 2019). Contudo, devido às incertezas ambientais a adoção de uma OE é importante para competir e explorar oportunidades (Covin et al., 2006), na busca por atingir os objetivos traçados, isto é, na obtenção de sucesso (Lee & Lim, 2009) A OE atua como um fator mediador, que ativa e orienta a CI de uma empresa para o desenvolvimento de novos produtos e serviços que gerem desempenho competitivo (Al-Jinin et al., 2019).
A pesquisa teve abordagem quantitativa, descritiva, método survey com desenho transversal. Os dados foram obtido através de um questionário de autopreenchimento enviado aos gerentes, coordenadores e assistentes de empresas de serviços contábeis localizadas em Santa Catarina. O instrumento contempla os três construtos: capital intelectual na visão de Zea (2011) orientação empreendedora segundo a perspectiva Lupkin e Dess (1996) e o desempenho organizacional (DO) sob um enfoque subjetivo. Para teste das hipóteses utilizou-se o PLS para realizar todos os testes estatísticos necessários.
A hipótese 1 foi confirmada. Em uma economia baseada no conhecimento, os recursos baseados em conhecimento aumentam sua importância (Asiaei and Jusoh 2015 ). A hipótese 2 também foi confirmada. Peng et al. (2016) afirmam que processos empreendedoras tem impacto no desempenho organizacional. A hipótese 3 foi suportada. Guthrie and Dumay (2015) afirmam que investimentos em CI desempenham papel fundamental na OE (Lee & Lim, 2009 ). A hipótese se confirmou. O resultado indica que o efeito mediador da OE. Ele é complementar, sendo que o CI exerce com a OE influência direta e positiva no desempenho
Os gestores empreendedores das PMEs estudadas precisam perceber que se desejam maximizar a relação entre CI e OE no seu desempenho devem investir no capital intelectual. Também precisam ter orientação empreendedora, refletindo na sua capacidade de gerar vantagens competitivas. Em linha com o exposto acima, e argumentando sobre o papel mediador da orientação empreendedora, o resultado leva os gestores das organizações estudadas a serem mais inovadores e competitivamente agressivos, mais proativos e mais arriscados. Estes são pontos chaves importantes para obter um nível superior de desempenho.
Lumpkin, G. T.; Dess, Gregory G. (1996). Clarifying the entrepreneurial orientation construct and linking it to performance. The Academic of Management Review, v. 21, n. 1, p. 135- 172. Asiaei, K. and Jusoh, R. (2015). A Multidimensional View of Intellectual Capital: The Impact on Organizational Performance’, Management Decision, 53: 668–97. Gupta, V. K., & Dutta, D. K. (2018). The rich legacy of Covin and Slevin (1989) and Lumpkin and Dess (1996): A constructive critical analysis of their deep impact on entrepreneurial orientation research. (155-177). Cham, Switzerland: Palgrave Macmillan.