Resumo

Título do Artigo

PANDEMIA DE COVID-19 E DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS COMPANHIAS ABERTAS BRASILEIRAS: EFEITOS E REAÇÕES
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Palavras Chave

Pandemia de Covid-19
Companhias abertas
Desempenho Econômico-Financeiro

Área

Finanças

Tema

Gestão Financeira

Autores

Nome
1 - Ewerton Alex Avelar
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
2 - Jacqueline Braga Paiva Orefici
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI (UNIASSELVI) - Polo Belo Horizonte
3 - SERGIO LOURO BORGES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF) - ICSA - Campus Governador Valadares
4 - Octávio Valente Campos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
5 - Priscila Oliveira Ferreira
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Montes Claros

Reumo

A pandemia de Covid-19 se alastrou rapidamente em 2020, acarretando na decisão de vários governos por rígidas medidas sanitárias que resultaram em choques de oferta e demanda. Isso afetou a sustentabilidade econômico-financeira de muitas empresas ao redor do mundo. Salienta-se que os efeitos da pandemia sobre as diferentes dimensões econômico-financeiras dessas organizações, bem como os impactos das medidas de enfrentamento adotadas por elas e pelos governos, podem ser mensurados tanto a partir de informações do mercado de capitais quanto daquelas constantes de suas demonstrações financeiras.
O estudo desenvolvido visou responder ao seguinte problema de pesquisa: Como a pandemia de Covid-19 afetou o desempenho econômico-financeiro das companhias abertas brasileiras listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3) ao longo do ano de 2020? Assim, a pesquisa teve como objetivo geral analisar os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o desempenho econômico-financeiro das companhias abertas brasileiras listadas na B3 ao longo do ano de 2020 (período de evolução da pandemia).
Governos ao redor do mundo implementaram diversas medidas no intuito de conter o avanço da pandemia de Covid-19. Tais medidas afetaram diretamente a atividade econômica, influenciando usualmente de forma negativa as operações das empresas, sendo que tal fato pode ser observado a partir dos mercados acionários. Salienta-se que esses efeitos também podem ser mensurados a partir das demonstrações financeiras dessas organizações. Ressalta-se que os indicadores econômico-financeiros, obtidos a partir dessas demonstrações, formam a base para boa parte das técnicas de análise econômico-financeira.
A população do estudo se referiu às companhias abertas brasileiras ativas entre 2019 e 2020. Os dados trimestrais foram coletados das seguintes fontes: (a) B3 – dados das notas explicativas das empresas e o seu nível de governança corporativa (b) Plataforma Economática® – dados dos indicadores econômico-financeiros das empresas e de seu setor de atuação. Os dados foram tratados e analisados por meio das técnicas: análise de conteúdo, estatística descritiva, teste de Kolmogorov-Smirnov, coeficiente de correlação de Kendall, teste de Kruskal-Wallis, teste de Wilcoxon e regressão múltipla.
Verificou-se uma concentração dos efeitos esperados no desempenho econômico-financeiro das companhias (redução do valor de mercado e da rentabilidade, e aumento dos ciclos de atividades e do endividamento) nos dois primeiros trimestres de 2020. Nos trimestres seguintes, de forma geral, verificou-se uma reversão de tais efeitos. Identificou-se que esses efeitos foram sentidos de diferentes formas pelas empresas dos diversos setores. Ademais, constatou-se que empresas com maior porte, maior potencial de crescimento e menos lucrativas tenderam a captar mais recursos de terceiros no período.
Constatou-se que a pandemia pode ser associada a efeitos significantes em todas as dimensões do desempenho econômico-financeiro das companhias mensuradas pelo estudo. Com base nos resultados da pesquisa, é possível concluir que as empresas mais expostas aos efeitos negativos da pandemia apresentaram mais reações para reduzir ou mitigar tais efeitos. Em acréscimo, a maior obtenção de recursos durante o período de evolução da pandemia está diretamente relacionado às seguintes características das companhias: tamanho, potencial de crescimento e lucratividade.
Baker, S. R., Bloom, N., Davis, S. J., & Terry, S. J. (2020). Covid-induced economic uncertainty (No. w26983). National Bureau of Economic Research. Fama, E. F. (1970). Efficient capital markets: A review of theory and empirical work. The Journal of Finance, 25(2), 383-417. DOI: https://doi.org/10.2307/2325486. Heyden, K. J., & Heyden, T. (2020). Market reactions to the arrival and containment of COVID-19: an event study. Finance research letters, 38, 101745. Maroco, J. (2010). Análise estatística: com utilização do SPSS. (3a ed.). Lisboa: Edições Sílabo.