Resumo

Título do Artigo

Estímulos e Restrições à execução do Princípio da Intercooperação
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Palavras Chave

Intercooperação
Cooperação entre cooperativas
Cooperativismo

Área

Agribusiness

Tema

Cooperativas

Autores

Nome
1 - Pedro Henrique Rodrigues de Sousa
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - PPGA
3 - Victor Del-Corte-Lora
Universitat Jaume I - Administración de Empresas y Marketing

Reumo

Ainda que estudos anteriores tenham investigado a cooperação no contexto de empresas e cooperativas (Tremblay et al., 2019), bem como a importância dos princípios do cooperativismo (Oczkowski et al., 2013), a relevância da confiança e da reciprocidade (Pesämaa et al., 2013), o papel das redes na competitividade das cooperativas (Sergaki, 2010) e fatores-chave para desenvolvimento de cooperativas de 2º grau (Boccatonda, et al., 2019), existem lacunas de investigação sobre da influência da cooperação nas relações interorganizacionais de organizações que operam em rede de negócios.
O presente estudo objetiva identificar os elementos que compõe a intercooperação, bem como os aspectos que estimulam ou restringem a consecução de tais relacionamentos cooperativos.
Leite (1982) amplia a abrangência de relacionamentos intercooperativos, integrando os vínculos entre cooperativas do mesmo segmento, bem como entre cooperativas de primeiro grau e de grau superior; ademais, o autor integra a cooperação entre cooperativas em amplitudes locais, regionais, nacionais e internacionais. Ademais, a intercooperação foi conceituada por Meliá e Igual (2008) envolvendo as ações deliberadas executadas por duas ou mais cooperativas para coordenação de suas interdependências, vinculando-se além de suas relações hierárquicas ou de mercado.
O estudo classifica-se como uma pesquisa exploratório-descritiva, realizada a partir da abordagem qualitativa. Foram investigadas dezessete cooperativas localizadas no Brasil e na Espanha. O processo de coleta de dados empíricos ocorreu entre os meses de agosto de 2020 e fevereiro de 2021, e envolveu a condução de entrevistas semiestruturadas realizadas junto aos presidentes e/ou diretores das cooperativas selecionadas. Os dados foram analisados através da técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2016).
A partir dos segmentos de texto vinculados aos estímulos à intercooperação, que elementos econômicos (como escala comercial, relação de compra e venda), questões gerenciais (como complementaridade de funções e troca de informações) e aspectos institucionais (como reputação e histórico da cooperativa) são fatores que influenciam a consecução de relações intercooperativas. Sendo assim, as cooperativas que disponham de expressiva reputação tenderão a serem vistas como atores confiáveis (tanto para execução de transações comerciais como para vínculos com um maior grau de integração).
As ações de intercooperação podem ser manifestas em 14 categorias, envolvendo dimensões horizontais unisetoriais, verticais unisetoriais, horizontais multisetoriais e verticais multisetoriais. Infere-se que há uma relação em forma de U invertido entre a formalidade dos mecanismos de controle e o compartilhamento de recursos entre cooperativas; ademais, para a consecução de relações intercooperativas, quanto maior o grau de integração, mais expressiva será a necessidade de mecanismos informais de controle.
Božić, J., Šprajc, I., & Srbljinović, A. (2019). Croatian co-operatives’ story of revival: Overcoming external obstacles. Journal of Co-Operative Organization and Management, 7(2), 1–10. Leite, J. S. (1982). Cooperação e Intercooperação. Livros Horizonte. Martins, D. M., Faria, A. C. de, Prearo, L. C., & Arruda, A. G. S. (2017). The level of influence of trust, commitment, cooperation, and power in the interorganizational relationships of Brazilian credit cooperatives. Revista de Administração, 52(1), 47–58.