Resumo

Título do Artigo

Evidenciando os resultados da produção científica nacional sobre educação financeira: uma revisão sistemática da literatura
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Palavras Chave

Educação financeira
Estratégia nacional de educação financeira
Finanças pessoais

Área

Finanças

Tema

Gestão Financeira

Autores

Nome
1 - Bruna Santos de Medeiros
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Campus Santa Mônica
2 - Henrique Geraldo Rodrigues
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios
3 - ARACY ALVES DE ARAUJO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN

Reumo

O crescimento do mercado financeiro, no Brasil, impulsionou o fácil acesso ao crédito, prazos extensos dos serviços financeiros, estímulo ao consumo de bens e serviços, o que contribuiu para o endividamento e à inadimplência das pessoas. Nesse contexto, a educação financeira (EF) tem sido apontada, em especial, pelo governo brasileiro, como o meio pelo qual os indivíduos podem capacitar-se em relação ao gerenciamento de suas finanças pessoais.
Teve-se como pergunta de pesquisa a seguinte questão: o que se sabe sobre o desenvolvimento da educação financeira, no Brasil, a partir dos estudos empíricos nacionais sobre o tema? Assim, objetivou, por meio deste estudo, realizar a revisão sistemática da literatura nacional sobre educação financeira, com a finalidade de colocar em evidência os principais resultados gerados pelos estudos. Para tanto, considerou-se, como corpus da pesquisa, trabalhos publicados em periódicos classificados nos estratos Qualis Periódicos A1, A2, B1 e B2, no período de 2000 a outubro de 2020.
De acordo com a OECD (2013, p. 11), a EF pode ser definida como “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar”.
Discutem-se os resultados dos estudos, pelas seguintes categorias: os efeitos de aprendizados relativos à EF, os efeitos da ausência de aprendizados relativos à EF, a relação entre EF e variáveis sociodemográficas, críticas em relação à EF e ao seu modelo de implementação. Também, discutem-se as contribuições e implicações dos estudos analisados, a partir das categorias: aprimoramento da implementação do plano nacional de EF nas escolas e universidades; fortalecimento do papel das organizações do trabalho, na disseminação da EF aos seus empregados; e implementação de políticas públicas de EF.
Os principais resultados, primeiro, indicam que a atenção do campo de estudos tem se voltado, em especial, à compreensão dos efeitos ou consequentes da EF, bem como da ausência desta. Também, sinalizam a busca por um entendimento mais aprofundado quanto à relação entre o nível de EF das pessoas e suas características sociodemográficas, como idade, gênero, escolaridade, renda e classe socioeconômica. E observa-se que parte dos esforços de investigação, no campo da educação financeira, estão direcionados à compreensão do fenômeno por uma perspectiva crítica.
SAVOIA, J. R. F.; SAITO, A. T.; SANTANA, F. A. Paradigmas da educação financeira no Brasil. Revista de Administração Pública [online], v. 41, n. 6, p. 1121-1141, 2007. . XIAO, J. J.; O’NEILL, B. Consumer financial education and financial capability. International Journal of Consumer Studies, Estados Unidos da América, v. 40, p. 712-721, 2016. .