Resumo

Título do Artigo

Desenvolvimento do Balanced Scorecard para um setor económico: o caso do Setor Vitivinícola da Região do Alentejo
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Palavras Chave

Balanced Scorecard
Gestão Estratégica
Setor Vitivinícola

Área

Agribusiness

Tema

Estratégia e Competitividade nas cadeias agrícolas

Autores

Nome
1 - Maria José Gomes
Universidade de Évora - CEFAGE
2 - António João Coelho de Sousa
Universidade de Évora - Departamento de Gestão e CEFAGE
3 - Jorge Casas Novas
Universidade de Évora - Departamento de Gestão e CEFAGE
4 - Ricardo Vinícius Dias Jordão
School of Knowledge Economy and Management, SKEMA Business School (Brazil, China, France, USA) - SKEMA Business School (Brazil)

Reumo

O presente artigo propõe o desenvolvimento de referencial-objeto de gestão estratégica para o Setor Vitivinícola da Região do Alentejo de Portugal para o período 2021-2030. O referencial visa apresentar, de forma integrada, os principais eixos de orientação e de ação estratégica, enquadrados nas perspetivas Balanced Scorecard adaptadas e desagregadas por objetivos e indicadores, para constituir-se como uma efetiva referência para o debate estratégico.
O ponto de partida da investigação surgiu em torno de duas questões-problema: (i) Como concetualizar e operacionalizar um BSC a um setor económico (no caso o SVRA), para promover a comunicação e o desempenho estratégico desse setor? (ii) De que modo o BSC pode contribuir para a gestão estratégica e para a avaliação do desempenho global do SVRA? O objetivo principal foi a construção de um referencial estratégico para o SVRA de Portugal para o período 2021-2030, constituído por quatro peças principais: Proposição de Valor para Clientes; Visão para o Setor; Mapa da Estratégia; e, o Scorecard.
Muitas organizações falham na implementação de suas estratégias, principalmente devido à dificuldade em traduzir a estratégia em termos operacionais. A conceção e aplicação do BSC a um Setor de atividade numa região constitui um salto conceptual e empírico inovador na construção deste instrumento. Tal não pressupõe necessariamente o alinhamento de estratégias empresariais individuais, mas antes constitui-se como um referencial-objetivo de potencial sucesso que as empresas do Setor devem ter em conta para tomar as suas decisões estratégicas diferenciadas para conseguirem bons desempenhos.
A rota metodológica desenhada encontra-se ancorada no método ‘The exploratory sequential design’. Abordagem multimétodo que articula investigação in vivo (no terreno, com entrevistas e questionários) com investigação in vitro (revisão bibliográfica e dados secundários).
Os resultados demonstram que é possível estruturar pensamento de forma articulada, coerente e integrada para elaborar um Mapa Estratégico e um Scorecard para um setor económico com recurso à Metodologia BSC, para promover a comunicação e o desempenho estratégico do Setor. Com a sua possível implementação, será possível atenuar o problema do 'gap' decorrente da inexistência de um referencial-objeto de gestão estratégica para o Setor Vitivinícola da Região do Alentejo que apoie a criação de um consenso estratégico no Setor e que liga a gestão estratégica às operações.
A investigação vem demonstrar a viabilidade da utilização dos conceitos da Metodologia BSC a todo um setor económico, para promover a comunicação e o desempenho estratégico desse Setor. Demonstra também que é possível estruturar o pensamento de forma articulada, coerente e integrada para elaborar um mapa estratégico e um scorecard para um setor económico com recurso a esta metodologia.
Kaplan, R. & Norton, D. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (6ª Edição). Rio de Janeiro: Editora Elsevier. Malagueño, R.; Lopez-Valeiras, E. & Gomez-Conde, J. (2018). Balanced Scorecard in SME’s: effects on innovation and financial performance. Small Business Economics, 51(1), 221-244. Quesado, P.; Guzmán, B. & Rodrigues, L. (2014). Determinant Factors of the Implementation of The Balanced Scorecard in Portugal: empirical evidence in public and private organizations. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 16 (51), 199-222.