Resumo

Vários estudiosos pesquisaram o comportamento inovador nos últimos anos e analisam sua implicação em grandes e pequenas empresas, sua importância como ferramenta de negócios e sua implicação na academia (Chang, Way, & Cheng, 2018; Kang & Lee, 2017; Norena-Chavez & Guevara, 2020). O comportamento inovador pode ser definido como um processo em que um indivíduo reconhece um problema, gera ideias e soluções (novas ou adotadas), trabalha para promover e gerar suporte para elas e produz um protótipo ou modelo aplicável para o uso e benefício da organização (Carmeli, Meitar, & Weisberg, 2006).

Verificar se a personalidade proativa quando a capacidade absortiva mediada pela autoeficácia antecedem o comportamento inovador.

A proatividade pode ser considerada um importante preditor de comportamento inovador entre os empregados de uma organização (Giebels et al., 2016). A capacidade absortiva dos empregados para adotar e explorar novas ideias externas dentro de uma organização pode levar ao seu comportamento inovador (Kang & Lee, 2017). Os empregados com maior autoeficácia exibem níveis mais elevados de comportamento inovador em seus locais de trabalho (Hsiao, Chang, Tu, & Chen, 2011).

Trata-se de uma pesquisa descritiva, quantitativa, com aplicação de um questionário, para isso utilizando as redes sociais e formulário eletrônico para coleta de dados (Malhotra, 2011). Desenvolveu-se um questionário para medir a capacidade absortiva, personalidade proativa, autoeficácia e comportamento inovador com base em literaturas anteriores. A coleta ocorreu no mês de maio de 2021 e contou com a participação de 380 respondentes, deste total, 58,4% era do sexo feminino. A amostra do tipo não probabilística, considerando que não se pretende generalizar um parâmetro da população.

Este estudo tem como objetivo analisar o efeito direto da capacidade absortiva no comportamento inovador e a influência da personalidade proativa no comportamento inovador quando mediada pela autoeficácia. Com base nos resultados deste estudo, as relações diretas e indiretas das variáveis incluídas no modelo (CA, PP. AE e CI) foram consideradas estatisticamente significativas. Ou seja, as hipóteses H1, H2, H3 e H4 foram aceitas.

Os resultados apontaram que a capacidade absortiva e a personalidade proativa mediada pela autoeficácia influenciam o comportamento inovador. Com relação as variáveis de controle apenas idade se mostrou significativa. Feita uma análise multigrupo foi verificado que trabalhadores que estudam apresentam menor autoeficácia que os que deixaram de estudar, podendo ser explicado pela idade media mais avançada dos não estudantes.

Afsar, B., Masood, M., & Umrani, W. A. (2019). The role of job crafting and knowledge sharing on the effect of transformational leadership on innovative work behavior. Personnel Review, 48(5), 1186–1208. https://doi.org/10.1108/PR-04-2018-0133 Anseel, F., Beatty, A. S., Shen, W., Lievens, F., & Sackett, P. R. (2015). How are we doing after 30 years? A meta-analytic review of the antecedents and outcomes of feedback-seeking behavior. Journal of Management, 41(1), 318–348. https://doi.org/10.1177/0149206313484521