Resumo

Título do Artigo

MAPEAMENTO DE ESTUDOS SOBRE LÓGICAS INSTITUCIONAIS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS INDEXADOS NA WEB OF SCIENCE: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA E SOCIOMÉTRICA
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Lógicas Institucionais
Teoria Institucional
Bibliometria

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Raphael de Morais
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
2 - Juliano Silva Cougo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - 1
3 - Mozar Jose de Brito
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Ppga
4 - Valéria Brito
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Gestão Agroindustrial

Reumo

A noção de lógica institucional, enquanto padrões de atividades supra organizacionais constituídos por práticas e elementos simbólicos que servem de referências para a ação, a realização de atividades, a produção de discursos e de outras experiências significativas, foi inicialmente introduzida por Friedland & Alford (1991). Dentre as correntes institucionais contemporâneas, é uma das perspectivas que mais se destacam e tem chamado a atenção nos Estudos Organizacionais nos últimos anos.
A necessidade de se compreender as especificidades bibliométricas e as redes de produção científica sobre lógicas institucionais podem ser vistos como elementos indutores deste estudo que foi norteado pela seguinte questão: como as relações entre pesquisadores e temas pesquisados sob a ótica da abordagem das lógicas institucionais estão organizadas e estruturadas? Para responder esta pergunta, este trabalho tem por objetivo descrever os resultados de uma pesquisa bibliométrica sobre a corrente teórica das “lógicas institucionais”.
As lógicas institucionais podem ser entendidas como formações sociais que guiam as práticas organizacionais, exercendo influência direta na construção comportamental de um agente organizacional. As lógicas são orientadas por instituições, comportamentos padronizados que recebem infusões de simbolismo, valores e significados, sendo responsáveis por dar sentido a determinada prática organizacional. Podem ser vistas como referências que orientam as escolhas dos atores e orientam o processo de atribuição de sentido à realidade em que estão imersos (Thornton, Ocasio & Lounsbury, 2012).
Há um considerável aumento de publicações sobre o tema, aceitação do tema em periódicos diferentes, publicações centradas na América do Norte e Europa. Enfoque teórico em explicar lógicas concorrentes e organizações híbridas nos artigos mais citados. Nos artigos recentes, percebe-se a capacidade de agência dos indivíduos e atores organizacionais sem, contudo, enfatizar de forma consistente as práticas e aos discursos produzidos em torno delas. Redes de autores destaque para: Thornton, Friedland e Lounsbury. Redes de palavras-chave destacam-se palavras relacionadas a complexidade e mudança.
Houve avanço e aumento das publicações com o passar dos anos, especialmente pós 2008. No que tange à frente de pesquisa, de um modo geral, os autores visam discutir aspectos de lógicas concorrentes e organizações hibridas, buscando identificar e descrever como os atores podem gerir de melhor forma os impactos das lógicas institucionais em suas organizações. A análise de redes de cocitação entre autores evidenciou a existência de três principais clusters de autores que se articulam. A publicação brasileira em periódicos indexados sobre lógicas se encontra em estágio inicial.
Friedland, R., & Alford, R. R. (1991). Bringing society back in: Symbols, practices, and institutional contradictions. Powell WW, DiMaggio PJ, eds. The New Institutionalism in Organizational Analysis. Thornton, P. H., & Ocasio, W. (2008). Institutional logics. The Sage handbook of organizational institutionalism, 840(2008), 99-128. Thornton, P. H., Ocasio, W., & Lounsbury, M. (2012). The institutional logics perspective: A new approach to culture, structure, and process. Oxford University Press on Demand.