Resumo

Título do Artigo

Relação entre as dimensões financeira e não financeiras do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar
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Palavras Chave

Operadoras de Plano de Saúde
Índice de Desempenho da Saúde Suplementar
Análise de Desempenho

Área

Administração Pública

Tema

Gestão em Saúde

Autores

Nome
1 - Guilherme Barbosa Guimarães Juliano
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - Praia Vermelha RJ
2 - Tatiele Alves Reis
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (UFRRJ) - DCCF

Reumo

A ANS desenvolve diversas ações de monitoramento e controle dos agentes econômicos envolvidos direta e indiretamente na prestação de serviços de saúde. Como parte das ações de monitoramento, a agência avalia periodicamente as operadoras de saúde por meio do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) que é composto por quatro dimensões: qualidade em atenção à saúde (IDQS), garantia de acesso (IDGA), sustentabilidade no mercado (IDSM) e gestão de processos e regulação (IDGR).
Apresenta-se a seguinte questão de pesquisa: qual a relação existente entre o desempenho econômico-financeiro e o desempenho operacional das OPS? Este trabalho irá se preocupar em estudar a relação existente entre o desempenho econômico-financeiro e o desempenho operacional das OPS, utilizando como variáveis de estudo as dimensões atuais do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar, no período de 2015 a 2018.
Em trabalhos anteriores no setor de saúde suplementar, destacam-se as pesquisas que utilizaram as dimensões do IDSS (anteriores a reformulação ocorrida em 2015), como o estudo de Sancovschi, Macedo e Silva (2014) e Jesus et al. (2019). O primeiro encontrou que as dimensões econômico-financeira e de estrutura e operação estavam relacionadas com a instaurações de regimes especiais pela ANS. O segundo concluiu que os indicadores econômico-financeiros foram capazes de explicar parte da variação dos indicadores operacionais em período subsequente e o inverso também se confirmou.
Para a comparação do desempenho econômico-financeiro ao longo dos anos de análise, utilizou-se a análise de regressão com dados em painel. Os modelos de regressão simples tinham como objetivo identificar se o IDSM tem relação positiva com o IDQS (modelo 1), o IDGA (modelo 2) e o IDGR (modelo 3) no exercício subsequente; enquanto os modelos de regressão múltipla tinham como objetivo ver se os índices não financeiros (IDQS, IDGA e IDGR) têm relação positiva com o IDSM no exercício subsequente – modelos 4 e 5, sendo o modelo 5, responsável por avaliar também o impacto das variáveis categóricas.
Os modelos 1, 2 e 3 apresentaram relação positiva e significativa, uma vez que os IDQS, IDGA e IDGR são impactados pelo IDSM passado. Os modelos 4 e 5 mostraram a existência de relação positiva e significativa, uma vez que o IDSM foi impactado pelo IDQS e IDGR passado. Já em relação às variáveis de controle, temos que o IDSM varia negativamente quando as operadoras estão localizadas na região Norte ou Nordeste, são exclusivamente odontológicas, ou quando são de Médio ou grande Porte, e positivamente quando a operadora tem fins lucrativos.
É possível confirmar a relação positiva entre o índice de desempenho econômico-financeiro (IDSM) e operacionais (IDQS, IDGA e IDGR), corroborando a capacidade explicativa tanto do indicador financeiro nas alterações dos indicadores operacionais quanto destes últimos nas variações do primeiro. Considerando estes resultados, foi possível reforçar os achados de Jesus et al. (2019), ao qual concluiu que o indicador financeiro tem relação positiva com os indicadores operacionais do exercício subsequente.
ANS. Resolução Normativa nº 386, de 9 de outubro de 2015. Rio de Janeiro: ANS, 2015. JESUS, L. F.; QUEIROZ, J. M.; MACEDO, M. A. S.; CRUZ, C. F.; SAUERBRONN, F. F. (2019). Relação entre Indicadores Financeiros e Não Financeiros das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde. Contabilidade, Gestão e Governança. SANCOVSCHI, M.; MACEDO, M. Á. DA S.; SILVA, J. A. Análise das Intervenções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) Através dos Índices de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS). Contabilidade, Gestão e Governança, v. 17, n. 2, p. 118–136, 2014.