Resumo

A autonomia do consumidor reflete a sus autodeterminação em fazer escolhas sobre as suas preferências, necessidades e desejos. Ganha importância no marketing e nos estudos do comportamento do consumidor. Envolve preocupações éticas, de sustentabilidade e governança. Pode ser considerada frágil e yal fragilidade é potencializada pela rápida evolução das novas tecnologias de comunicação, informação e inteligência artificial.

A literatura sobre a autonomia do consumidor é relativamente esparsa e diversos trabalhos podem ser encontrados não apenas na área de marketing, como também na área de informação, nas áreas de saúde, biotecnologia, ética e estudos jurídicos. Portanto, objetivo deste artigo, que é contribuir para a discussão da autonomia do consumidor, apresentando uma revisão integrativa da literatura internacional sobre o tema, buscando sistematizar conceitos, abordagens, lacunas e perspectivas sobre esse campo de estudos.

O método utilizado na confecção deste artigo foi a revisão integrativa da literatura, que possui como objetivo revisar, criticar e sintetizar um recorte representativo da literatura sobre um determinado tema, buscando novas perspectivas de pesquisa (Torraco, 2016). Para a definição do conjunto de artigos a ser revisto, foi realizada uma busca com o termo “consumer autonomy”, no título, palavras-chave ou resumo, nas bases de dados Web of Science e Scopus.

Quatro categorias emergiram da revisão: (1) conceitos de autonomia; (2) abordagens teóricas e modelos de estudo da autonomia; (3) a autonomia do consumidor e a ética; e (4) a autonomia do consumidor na era da informação. Com base na revisão, foi elaborado um esboço de modelo conceitual para o estudo da autonomia do consumidor e sugerida uma agenda de pesquisa sobre o tema.

O framework proposto considerou forças limitantes e potencializadoras da autonomia do consumidor. Entre as forças limitantes pode-se citar a propaganda enganosa, as restrições paternalistas, o excesso de informação e as novas tecnologias. Entre as forças potencializadoras encontram-se a regulação, a preservação da privacidade, a autonomia como um constructo social e a participação democrática do consumidor. É importante salientar que emerge como campo de estudos a relação da autonomia do consumidor com as novas tecnologias de Inteligência Artificial.

André, Q., Carmon, Z., Wertenbroch, K., Crum, A., Frank, D., Goldstein, W., Huber, J., van Boven, L., Weber, B., & Yang, H. (2018). Consumer Choice and Autonomy in the Age of Artificial Intelligence and Big Data. Customer Needs and Solutions, 5(1–2), 28–37. https://doi.org/10.1007/s40547-017-0085-8 Anker, T. (2020). Autonomy as license to operate: Establishing the internal and external conditions of informed choice in marketing. Marketing Theory, 20(4), 527–545. https://doi.org/10.1177/1470593120926255 Attas, D. (1999). Entre outras...