Resumo

Título do Artigo

AS TRANSFORMAÇÕES NO SEGMENTO DE INVESTIMENTOS NO BRASIL: EM BUSCA DE DIFERENTES ESTRATÉGIAS E MODELOS DE NEGÓCIOS
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Palavras Chave

Setor Bancário
Adaptação estratégica
Modelos de negócios

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - MIRELA GOULART CUNHA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN
2 - Janaína Maria Bueno
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN - Faculdade de Gestão e Negócios

Reumo

As empresas, nos mais diversos setores, concentram suas ações e decisões no sentido de se tornarem competitivas no mercado e, a partir da constante readequação estratégica e realocação das suas capacidades e recursos, enfrentam as mudanças no ambiente em que atuam. No setor bancário, com os avanços tecnológicos, regulatórios e institucionais, novos modelos de negócios têm surgido, resultado também da redução de assimetrias de informações e do custo de mudança existente entre as instituições financeiras e seus clientes.
Cabe à academia contribuir com a análise de diferentes ambientes concorrenciais para colaborar com a compreensão e debate sobre este fenômeno e seus desdobramentos para os diversos agentes envolvidos. Sendo assim, o objetivo deste artigo é analisar o papel das mudanças tecnológicas, regulatórias e institucionais na dinâmica concorrencial do setor de investimentos no Brasil que propiciaram o surgimento de outros modelos de negócios e quais tem sido as respostas estratégicas dos bancos tradicionais.
Com a concorrência mais acirrada, os bancos tradicionais precisam ser mais eficientes em todas suas atividades, com destaque para a captação de recursos: quanto mais recursos o banco gerir, maior o poder de negociação junto ao cliente por meio da intermediação financeira, atividade principal dos bancos de varejo. O impacto das inovações na evolução do sistema financeiro a partir de 2010, alterou o nível concorrencial do setor e possibilitou a entrada de novas empresas, com modelos inovadores de negócios em um mercado até então dominado pelas barreiras de entradas e altamente concentrado.
O estudo utilizou abordagem qualitativa, é do tipo exploratório/descritivo. Foi utilizada pesquisa documental (site institucional das organizações escolhidas, Banco Central do Brasil; relatórios, publicações e artigos de empresas do mercado, como: Finnovation, Fintechlab, Boostlab, além de publicações da FEBRABAN, ANBIMA, B3 e especialistas no segmento de investimentos financeiros) e seis entrevistas (profissionais bancários e não bancários, atuantes no segmento de investimentos, em diferentes modelos organizacionais).
Os aspectos que mais evidenciam a distinção entre bancos tradicionais e outros modelos de negócios no segmento de investimentos são a quantidade de clientes que cada modelo prevê, assim como a quantidade de produtos comercializados em cada modelo. Verifica-se um maior grau de especialização no modelo de negócios das corretoras de investimentos, que além de possuir uma quantidade até 5 vezes menor de clientes por carteira, trabalha apenas com produtos de investimentos, portanto é capaz de oferecer atendimento mais personalizado e direcionado ao segmento de investimentos.
Os bancos tradicionais monitoram constantemente o ambiente e buscam a readequação da sua forma de atuação de modo a atender as demandas de mercado. No entanto, em virtude da sua robustez estrutural, observa-se que as respostas estratégicas, muitas vezes, não possuem a velocidade esperada. Os outros modelos crescem a partir do desenvolvimento de estratégias que se baseiam em oportunidades de mercados presentes nas lacunas dos modelos de negócios dos próprios bancos tradicionais. O crescimento da concorrência no segmento de investimentos está ligado à capacidade de ser especializado e ágil.
DE PAULA, L. F.; OREIRO, J. L.; BASILIO, F. A. C. Estrutura do setor bancário e o ciclo recente de expansão do crédito: o papel dos bancos públicos federais. Nova Economia, v. 23, n. 3, p. 473-520, 2013. HERNANDO, I.; NIETO, M. J. Is the internet delivery channel changing banks’ performance?: the case of spanish banks, Journal of Banking & Finance v. 31, pp. 1083–1099, 2007. VIEIRA, C. A. M.; GIRÃO, L. F. A. P. Diversificação das receitas e risco de insolvência dos bancos brasileiros. Revista de Contabilidade e Organizações, v. 10, n. 28, p. 3-17, 2016.