Resumo

Título do Artigo

A CADEIA DE FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES NO BRASIL: DIMENSÕES DAS TRANSAÇÕES, PRESSUPOSTOS COMPORTAMENTAIS E ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA
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Palavras Chave

Coordenação
Economia dos Custos de Mensuração
Frutas verduras e legumes - FLV

Área

Agribusiness

Tema

Estratégia e Competitividade nas cadeias agrícolas

Autores

Nome
1 - Rejane Heloise dos Santos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Maringá
2 - Fernanda Cristina Ferro Malacoski
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Programa de Pós Graduação em Administração
3 - Sandra Mara de Alencar Schiavi
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPA/ UEM)

Reumo

Existe uma tendência de aumento do consumo de frutas, verduras e legumes pelos consumidores brasileiros. No entanto, existe um gargalo de coordenação nas trocas comerciais de hortifrúti. Para o produtor, há riscos na comercialização para as centrais de compras dos supermercados e a comercialização via CEASAs não os favorece. Falhas na cadeia ainda permanecem e a falta de coordenação na cadeia de FLV é o principal fator limitante para a modernização desse setor. Todos os avanços empreendidos a favor de melhorar a coordenação são descentralizados e isolados (do produtor, do varejo, das CEASAs).
Considerando um contexto de crescimento do consumo e de falhas de organização, funcionamento e coordenação da cadeia FLV, o artigo se propõe a realizar uma análise de conteúdo a partir da revisão bibliográfica da produção científica construída em torno da configuração da cadeia de FLV do Brasil, bem as dimensões das transações, os pressupostos comportamentais e as estruturas de governança realizadas entre os produtores com os demais elos da cadeia de frutas, verduras e legumes no Brasil.
Ao se considerar a Economia dos Custos de Transação, as transações diferem em seus atributos são alinhadas com estruturas de governança, que diferem nos seus custos e competências (WILLIAMSON, 2005). Williamson (1985; 1991) destaca três dimensões que irão influenciar na escolha dessas estruturas de governança: a frequência, a incerteza e a especificidade de ativos e dois pressupostos comportamentais: a racionalidade limitada e o comportamento oportunista. As estruturas de governança dizem respeito a escolha da forma organizacional que irá governar as transações (FARINA; AZEVEDO; SAES, 1997)
Pesquisa qualitativa. Análise de conteúdo dos artigos resultantes de um levantamento bibliográfico. Termos buscados nas plataformas Google Schoolar, SciELO e Portal de Periódicos Capes: hortifruti; hortícola; FLV; FLV transação; frutas, verduras e legumes; CEASA; Centrais de abastecimento; hortifrutigranjeiro; fruticultura. Critérios de seleção foram: a análise do título, resumos e palavras-chave, que foram lidos para cada resultado encontrado. Em uma segunda conferência, com o objetivo de compreender se realmente eram relacionados ao tema pesquisado, os resultados foram refinados.
Cadeia FLV passou por uma reconfiguração quando CEASAs deixam de desempenhar as funções iniciais. Produtor, geralmente é pequeno, desorganizado, atua com baixo nível de tecnologia e agrega pouco ao produto final, deixa para o elo seguinte essa agregação de valor. Porém, o elo seguinte muitas vezes é formado por grandes redes varejistas que possuem poder de mercado e pode estar em estrutura de concentração. Existem falhas e problemas podem gerar dificuldades aos produtores, pois os produtos são perecíveis e estão sujeitos a problemas climáticos, flutuação de preço e demanda.
Existem falhas e problemas de coordenação. A perecibilidade gera especificidade temporal elevada e demanda uma cadeia ágil e organizada para permitir a chegada ao cliente final. No entanto, além da cadeia apresentar falhas, ainda persistem estruturas de governança que desfavorecem o produtor. Os resultados dessas falhas podem estar relacionados com transações com presença de poder assimétrico e sem elaboração de contratos que permitam garantir e dar suporte a negociação, especialmente para o produtor.
HORTIFRUTI BRASIL. Pandemia altera hábitos do consumidor de HF. CEPEA – ESALQ/USP. ago. 2020. WEGNER, R. C.; BELIK, W. Distribuição de hortifruti no Brasil: papel das Centrais de Abastecimento e dos supermercados. Cuadernos de Desarrollo Rural, Bogotá, v. 9, n. 69, p. 195-220, Dez. 2012. WILLIAMSON, O. E. The economic institutions of capitalism. New York: Free Press, 1985.