Resumo

Título do Artigo

Estrutura de Capital Como Determinante das Oportunidades de Crescimento Nas Companhias Listadas na [B]3
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Palavras Chave

Oportunidades de crescimento
Estrutura de capital
Market-to-book

Área

Finanças

Tema

Estrutura de Capital, Dividendos e Fusões e Aquisições

Autores

Nome
1 - Arthur Frederico Lerner
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Programa de Pós-Graduação em Contabilidade
2 - Leonardo Flach
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Programa de Pós-Graduação em Contabilidade

Reumo

Essa pesquisa propõe-se a analisar como a forma que a companhia se endivida influencia suas oportunidades de crescimento. Os dados coletados referem-se às empresas listadas na [B]3, sendo considerado o período de 2009 a 2020. Utilizar-se-á regressão múltipla, por meio de dados em painel com série temporal empilhada, tendo como variável dependente as oportunidades de crescimento, medida por meio do índice Market-to-book (MB) e Q de Tobin (Q). Nos dois modelos o endividamento e a rentabilidades (ROA) foram as variáveis com maior sensibilidade às oportunidades de crescimento.
A presente pesquisa possui por objetivo geral analisar a relação dos indicadores de estrutura de capital com os indicadores de oportunidades de crescimento, definindo-se o seguinte problema de pesquisa: qual a relação entre os indicadores de estrutura de capital e os indicadores de oportunidades de crescimento das empresas listadas na [B]3?
Determinar qual o melhor indicador de oportunidades de crescimento tem gerado discussões. Visto que há muitas variáveis, muitas vezes, não mensuráveis que podem afetá-lo. Analisando, ainda, a realidade do mercado brasileiro, com suas particularidades de país emergente, há maior volatilidade nos resultados. O que pode ser ocasionado por diversos fatores endógenos e exógenos que sensibilizam o crescimento. Desta forma, para viabilidade de comparação, o presente estudo elegeu duas variáveis que na literatura são apontadas como determinantes das oportunidades de crescimento.
Os dados coletados referem-se às empresas que têm (ou tiveram) ações negociadas na [B]3 durante o período de 2009 a 2020. Os dados secundários para o estudo, foram obtidos por meio das demonstrações contábeis consolidadas (Economática®) anualmente, são: i) Valor de Mercado; ii) Patrimônio Líquido; iii) Passivo Circulante; iv) Passivo Não Circulante; v) Ativo Circulante; vi) Ativo Total; vii) Capex (Demonstração de Fluxo de Caixa); viii) Lucro Líquido; e ix) Receita Bruta (Demonstração de Resultado).
Ao passo que o endividamento das empresas cresce, elas teriam maiores oportunidades de crescimento. Altas rentabilidades parecem estar relacionadas a altas oportunidades de crescimento. Outro fato que é notável é que os coeficientes apresentaram os mesmos sinais nas duas regressões, ou seja, a única variável que apresentou coeficiente negativo foi o Tamanho. Corroborando para a hipótese de que quanto maior o tamanho da empresa menor são suas oportunidades de crescimento.
O modelo do Market-to-book foi melhor explicado do que o modelo Q de Tobin pelas variáveis escolhidas. Nos dois modelos o endividamento e a rentabilidades (ROA) foram as variáveis com maior sensibilidade às oportunidades de crescimento. Empresas endividadas apresentaram melhores oportunidades de crescimento. Também se observou que o tamanho da empresa parece não ser favorável às oportunidades de crescimento. Despesas de Capital (CAPEX) mostrou relevância no modelo do Market-to-Book e Crescimento da Receita (RG) no modelo Q de Tobin.
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