Resumo

Título do Artigo

A influência da governança corporativa no ciclo da vida organizacional das empresas listadas nos níveis diferenciados de governança corporativa da B³
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Palavras Chave

Estágios do Ciclo da Vida Organizacional
Governança Corporativa
Níveis Diferenciados

Área

Finanças

Tema

Governança Corporativa, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Willams da Conceição de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - JOÃO PESSO
2 - DIMAS BARRETO DE QUEIROZ
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - DEPARTAMENTO DE FINANÇAS E CONTABILIDADE

Reumo

A governança corporativa é estabelecida por mecanismos que estimulam os gestores a tomarem decisões visando à maximização do valor da companhia e sua continuidade (Denis & McConnell, 2003; Ulum, Wafa, Karim & Jamal, 2014). Nesse sentido, do ponto de vista teórico, as práticas de governança podem ser decisivas para a falência das organizações ou para uma reversão dos estágios mais avançados do ciclo de vida das organizações, especificamente, turbulência e declínio.
A pesquisa objetiva avaliar a influência das práticas de governança corporativa sobre a probabilidade de reversão dos estágios finais do ciclo de vida organizacional.
A adoção aos níveis diferenciados de governança corporativa torna as empresas com melhores opções de investimento ao apresentarem menor risco (Almeida, Scalzer & Costa, 2008), refletindo no melhor desempenho econômico e financeiro das companhias, principalmente em firmas com dificuldade financeira (Shahid & Abbas, 2019), surgindo a hipótese da pesquisa: as companhias brasileiras listadas nos níveis diferenciados de governança corporativa da B³ apresentam maior probabilidade de reverterem os estágios finais (Turbulência ou Declínio) no período t para o estágio de Maturidade no período t+1.
A amostra foi composta por 2.191 observações de 265 companhias brasileiras não financeiras de capital aberta. Para apuração dos resultados, foram utilizados os testes de correlação de Pearson e regressão logística com efeito fixo de ano. Foi utilizado o modelo de Dickinson (2011) para classificação das companhias nos estágios do ciclo da vida e para proxy de governança corporativa foram utilizados os níveis diferenciados da B³. Para verificar a qualidade do modelo, foi realizado o teste Hosmer-Lemeshow, observada a área abaixo da curva de ROC e a tabela de classificação.
O modelo da pesquisa apresenta qualidade aceitável na medida em que não se rejeita a hipótese de qualidade de ajuste do teste de Hosmer-Lemeshow (prob > chi2 = 0,8366), que a área abaixo da curva ROC é igual a 0,72 e que 96% das observações foram classificadas de modo correto. Os resultados apontam ao nível de confiança de 99% que as empresas listadas no Nível 1, Nível 2 ou Novo Mercado apresentam maior probabilidade de reverterem os estágios de Turbulência ou Declínio para Maturidade em comparação com as companhias não listadas nos respectivos níveis.
O resultado evidencia que companhias listadas nos níveis diferenciados de governança corporativa da B³ apresentam maior probabilidade de reverterem os estágios de Turbulência ou Declínio no período t para o estágio de Maturidade no período t+1. Tal resultado está em linha com a literatura internacional e nacional, que apontam que empresas com níveis elevados de governança corporativa apresentam melhor desempenho econômico, maior rentabilidade e menor risco para investimento, fatores que reduzem o risco de falência (Almeida, Scalzer & Costa, 2008; Tuschke & Sanders, 2013).
Dickinson, V. (2011). Cash Flow Patterns as a Proxy for Firm Life Cycle. The Accounting Review, 86(6), 1969-1994. Habib, A., & Hasan, M. M. (2019). Corporate life cycle research in accounting, finance and corporate governance: A survey, and directions for future research. International Review of Financial Analysis, 61, 188-201. Shahid, S. M., & Abbas, M. (2019). Does corporate governance play any role in investor confidence, corporate investment decisions relationship? Evidence from Pakistan and India. Journal of Economics & Business, 105.