Resumo

Título do Artigo

Emoção na educação empreendedora: resiliência emocional na prática educacional para o empreendedorismo artístico
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

emoção
educação empreendedora
resiliência emocional

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Experiências no ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Alexandre Leite de Ávila
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - Escola de Música
2 - Eduardo Paes Barreto Davel
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - EA

Reumo

A resiliência emocional corresponde à capacidade de recuperar-se de experiências emocionais negativas e adaptar-se com flexibilidade às demandas mutáveis de experiências estressantes (Block & Block, 1980; Lazarus, 1993; Block & Kremen, 1996; Carver, 1998;). Esta habilidade está ligada à flexibilidade emocional e também pode ser considerada uma adaptação comportamental positiva após um evento negativo (Genet & Siemer, 2011; Gross, 2007).
Apesar da grande relevância das emoções para o empreendedorismo e os processos educacionais em geral, o tema encontra-se subestimado pelas pesquisas sobre educação empreendedora. O objetivo desse artigo é discutir como a educação empreendedora pode ajudar os estudantes a desenvolver a resiliência emocional, a partir de uma prática educacional do empreendedorismo artístico.
Devido às adversidades que encontrarão no ambiente empreendedor, os indivíduos precisam desenvolver a resiliência emocional para dar continuidade a seus projetos (D’Andria et al., 2018). Segundo a produção acadêmica existente, resiliência é a capacidade de responder, adaptar-se e recomeçar após a adversidade (D’Andria et al., 2018). Mais especificamente, a resiliência emocional é definida como a capacidade de recuperar-se de experiências emocionais negativas e adaptar-se com flexibilidade às demandas de experiências estressantes (Carver, 1998; Lazarus, 1993)
Seguindo uma abordagem metodológica de caráter qualitativo, a pesquisa empírica baseou-se na prática educacional do empreendedorismo artístico através de um componente curricular no curso de graduação de uma universidade federal. Para atender ao objetivo de entender a resiliência emocional na educação empreendedora, utilizamos diferentes fontes de informação: observação direta (focada e ampliada), entrevistas semiestruturadas e documentos. Considerando a abstração e subjetividade inerentes às emoções, utilizaremos nesta pesquisa a análise de narrativa.
Os principais resultados referem-se a identificação de quatro contextos educacionais emocionalmente desafiadores (contexto da prática, contexto do desconhecido, contexto de tensão entre arte e empreendedorismo e o contexto dos tipos emocionais desafiadores) e cinco práticas educacionais para o desenvolvimento da resiliência emocional (prática da solidariedade, prática da paixão artística, prática da mentalidade e aprendizagem do fracasso, prática do progresso gradual, prática da estratégia cotidiana).
Este trabalho traz um importante avanço para os estudos em educação empreendedora ao ampliar as discussões a respeito das emoções dentro do campo, com ênfase na importância do desenvolvimento da resiliência emocional. Embora alguns estudos tenham proposto reflexões acerca das relações entre emoções e educação empreendedora (Cheung & Au, 2010; Degen, 2009; Elmuti et el., 2012), a produção é ainda bastante incipiente e, no que tange à resiliência, claramente insuficiente.
Brown, R. B. (2000). Contemplating the emotional component of learning: The emotions and feelings involved when undetaking an MBA. Management Learning, 31(3), 275–293. Bonanno, G.A (2012). Uses and abuses of the resilience construct: Loss, trauma, and health-related adversities. Social Science and Medicine 74(5): 753–756. Cardon, M. S. (2008). Is passion contagious? The transference of entrepreneurial passion to employees. Human Resource Management Review, 18(2), 77–86. Chadwick, I. C., & Raver, J. L. (2018). Psychological Resilience and Its Downstream Effects for Business Survival in Nascent