Autogestão de Carreira
Revolução 4.0
Business Model You
Área
Gestão de Pessoas
Tema
Temas Emergentes e Modismos em Gestão de Pessoas
Autores
Nome
1 - Iraide Ancelmo Bonfim Pita PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - FEA/PUC (Campus Monte Alegre)
2 - Alexandra Venancio PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - Administração
3 - Márcia Christina Ferreira Barleta PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - Perdizes
4 - Luciano Antônio Prates Junqueira PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - FEA/PUCSP
Reumo
Os temas mais recorrentes citados na abertura das discussões sobre carreira nas organizações são a incerteza e a volatilidade do ambiente organizacional, causados pela globalização, revolução tecnológica e instabilidade no cenário macroeconômico. Como resultado dessas mudanças, as organizações transferiram para seus funcionários a tarefa de realizar a gestão de suas próprias carreiras, ou seja, se antes as organizações eram responsáveis por cuidar do chamado “plano de carreira” de seus empregados, atualmente, essa responsabilidade passou a ser parte das responsabilidades do funcionário.
A autogestão de carreira está sendo cada vez mais propagada pelas organizações, porém, diante da evolução tecnológica, o objetivo desta pesquisa é verificar se os profissionais que participaram deste estudo, de diferentes áreas de atuação (Educação e Saúde), relacionam as principais transformações da revolução tecnológica 4.0 ao processo de autogestão de suas carreiras.
Autogestão de Carreira em: Fontenelle (2006), Veloso e Dutra (2011), Balassiano, Ventura; Fontes (2004) e Clark (2013).
Revolução 4.0 em: Roblek, Mesko e Krapez (2016), Anderl (2014), Kagermann, et al, (2013), Gorecky, Schmitt e Loskyll (2014) e Rifkin (2004).
A pesquisa foi dividida em três fases, sendo: 2.1. Definição da amostra; 2.2. Aplicação das três etapas da ferramenta BMY – Business Model You e 2.3. Aplicação do questionário elaborado pelos autores. O questionário foi validado em pré-teste aplicado numa turma de 13 alunos de pós-graduação lato-sensu em Administração. A amostra foi composta de 23 profissionais que atuam numa instituição privada de ensino de nível superior e 32 gestores que atuam numa instituição pública de saúde municipal, totalizando 55 participantes.
Confrontados o conjunto de respostas obtidas nesta pesquisa, é possível observar que embora os participantes reconheçam que suas carreiras irão sofrer grandes alterações nos próximos anos em virtude da automação e de novas tecnologias e estejam, em sua maioria, acompanhando o processo de avanço tecnológico em suas áreas de atuação, mais da metade deles ainda não inclui a aquisição de conhecimentos ligados à revolução tecnológica 4.0 em seu processo de Autogestão de Carreira.
O processo de Autogestão de Carreira parece estar “descolado” da necessidade de aquisição e desenvolvimento de conhecimentos relacionados à revolução tecnológica 4.0. Caso a empresa em questão faça uso das ferramentas tecnológicas, estes profissionais que não foram capazes de entrar no paradigma digital ficarão restritos ao “mero” registro ou arquivamento de dados e informações, não sendo capazes de produzir conhecimento em sua área de atuação.
CLARK, Tim. Business Model You: O modelo de negócios pessoal: O método de uma página reinventar sua carreira. Rio de Janeiro: Alta Books, 2013.
FONTENELLE, Isleide Arruda. Autogestão Estratégica de Carreira. HSM Management Update n° 31, Abril 2006.
RIFKIN, Jeremy. O fim dos empregos: O contínuo crescimento do desemprego em todo o mundo. São Paulo: M. Books do Brasil, 2004.
VELOSO, Elza Fátima Rosa; DUTRA, Joel Souza. Carreiras sem fronteiras na gestão pessoal da transição profissional: um estudo com ex-funcionários de uma instituição privatizada. Revista de Administração Contemporânea.