Resumo

Título do Artigo

REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA SOBRE A ESTRATÉGIA DA COLABORAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA
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Palavras Chave

Colaboração
Governança
Administração Pública

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Organizacional: Governança, Planejamento, Recursos Humanos e Capacidades

Autores

Nome
1 - JOÃO PAULO PUCCIARIELLO PEREZ
Escola Paulista de Política, Economia e Negócios - Universidade Federal de São Paulo - EPPEN/Unifesp - Campus Osasco
2 - Stanley Plácido da Rosa Silva
Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo - Subsecretaria de Gestão
3 - Ricardo Luiz Pereira Bueno
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) - EPPEN / Campus Osasco
4 - Heloisa Candia Hollnagel
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) - osasco

Reumo

A estratégia da colaboração é um desafio proeminente da Gestão Pública. A colaboração está fundamentada no valor da reciprocidade, ou seja, trabalhar em conjunto para atingir propósitos comuns, envolvendo relacionamentos com múltiplos atores (Kapucu, 2010). Com a atual onda de reformas da Nova Governança Pública, a colaboração é tratada como meio para superação de crises econômicas e suas consequências fiscais que impulsionam uma agenda pública na direção de ações colaborativas, permitindo melhores serviços públicos com custos mais baixos (Sorensen & Torfing, 2016).
O enfrentamento das demandas crescentes da sociedade pelo Estado evidencia a necessidade de políticas públicas eficientes. Na abordagem de questões sensíveis para os cidadãos, o impacto da colaboração deve ser analisado sob a ótica da nova governança pública. O uso de serviços públicos em municípios distintos, porém próximos, dentre os quais a escolha da escola dos filhos pelas famílias ou mesmo o atendimento hospitalar ou então o combate à criminalidade em zonas limítrofes de conurbação urbana são exemplos de desafios passíveis de superação por meio de estratégias colaborativas.
As plataformas colaborativas viabilizam replicar a governança em uma escala maior e também podem ser usadas para ampliar o escopo de uma única colaboração ao longo do tempo (Ansell & Gash, 2018). A metagovernança no gerenciamento de redes, utilizada para criar arenas formais ou informais de interação e engajamento, induz uma gestão construtiva e de aprendizagem mútua, com alinhamento de objetivos e definição de critérios de decisão (Sorensen & Torfing, 2016). No caso das ONGs, seus líderes avaliam a capacidade colaborativa como qualidade de eficácia organizacional (Mitchell, 2015).
A metodologia adotada é da revisão integrativa (RI), recentemente incorporada aos estudos na área da Gestão Pública A RI tem como vantagem permitir a síntese da produção acadêmica disponível com vistas a compilar e avaliar de modo sintético estudos variados sobre uma temática específica. Espera-se, ao adotar a abordagem da RI, que surja uma nova compreensão sobre o assunto no que esse trabalho parte da seguinte questão norteadora “Quais elementos determinam a opção pela colaboração estratégica na gestão pública?”
Apesar do crescimento de publicações e do interesse acadêmico sobre a colaboração na Gestão Pública. Há desafios conceituais e metodológicos e o número de estudos revela que a base conceitual está em construção e verificou-se grande diversidade de normas entre os países e localidades. Neste quadro, objetivou-se documentar as formas colaborativas e o grau de influência na Administração Pública para uma agenda de pesquisa que considerou as metas globais de desenvolvimento que exigem adaptações ao ambiente institucional para concretizar a estratégia da colaboração como política de planejamento.
A pesquisa constatou que, embora o surgimento das organizações em rede decorra de iniciativas concebidas para a ampliação do lucro, no caso do setor privado, como para buscar eficiência, no setor público, ao inserir a estratégia da colaboração na Gestão Pública há uma elevação dos objetivos e metas dos gestores públicos como forma de inserção nas práticas mais modernas de inovação, desenvolvimento sustentável e inclusão social.
Ansell, Chris; Gash, Alison (2018). Collaborative platforms as a governance strategy. Journal of Public Administration Research and Theory, v. 28, n. 1, p. 16-32, jan. 2018. Mitchell, George E. (2015). The Attributes of Effective NGOs and the Leadership Values Associated with a Reputation for Organizational Effectiveness. Nonprofit Management and Leadership. 26. 10.1002/nml.21143. Sorensen, Eva & Torfing, Jacob. (2016). Metagoverning Collaborative Innovation in Governance Networks. The American Review of Public Administration. 47. 10.1177/0275074016643181.