Resumo

Título do Artigo

GESTÃO AMBIENTAL: uma análise da construção do programa Ativo Verde Piauí
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Palavras Chave

Política ambiental
Ativos Verdes
Potencial econômico

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Raul Luiz Sousa Silva
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ (IFPI) - Campus Piripiri
2 - Thomson Esmeraldo Albuquerque Beserra
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3 - Wanderson William Silva Veras
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4 - Valdiner Correia de Sales
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ (IFPI) - Piripiri
5 - Roberth Victor de Miranda Silva
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Reumo

O governo do Estado do Piauí, em conformidade com decreto do Poder Legislativo, sancionou a Lei nº 7.033 em 28 de agosto de 2017, na qual foi instituído o programa Ativo Verde Piauí. O texto normativo destaca em seu art. 1º que a lei possui o intuito de estimular a expansão de base econômica a partir da comercialização de créditos originados da conservação e ampliação de florestas nativas no Estado, sendo este direcionado à preservação de florestas nativas, geração e comercialização de créditos de floresta.
A pesquisa propôs-se a investigar a seguinte problemática: Como se deu a criação do programa Ativo Verde Piauí? Desta forma, o objetivo do estudo foi analisar a construção do programa Ativo Verde Piauí.
Os ativos são negociados a partir de certificados de comprovação de existência do bem intangível, possuindo validade internacional. Conforme Santos, Ferreira e Sotta (2017) a preservação florestal no mercado de carbono apresenta-se como um fator que pode contribuir com o desenvolvimento de economias locais, principalmente onde há grande cobertura florestal.
O estudo possui abordagem qualitativa e caracteriza-se como sendo do tipo exploratório. Os procedimentos utilizados para a sua realização foram a análise documental, através do Projeto de Lei º 16/2017, pareceres, estudos dos órgãos responsáveis e instrumentos legais, e por meio de entrevistas semiestruturadas com os órgãos responsáveis pelo programa Ativo Verde Piauí, sendo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR) e a Secretaria de Fazenda do Piauí (SEFAZ). A análise dos dados ocorreu por meio da técnica de análise de conteúdo, com grade de análise aberta.
A seção analisa e apresenta os resultados e discussões do estudo, e está subdividida em dois tópicos centrais: análise documental e análise das entrevistas. Quanto a análise documental, a subdivisão encontra-se a partir de quatro categorias: Ativos verdes, benefícios, desafios e Ativo Verde na Alepi. As análises das entrevistas estão delineadas através de seis categorias: Atores envolvidos, finalidade, experiência de outros estados, Ativos verdes piauienses, implantação e perspectivas.
Observou-se que a Sefaz e a Semar concordam ao relatar que os ativos verdes possuem caráter econômico, ambiental e social, com a Sefaz tendo uma perspectiva econômica, e a Semar uma visão ambiental. Os órgãos também assentam que o programa tem um potencial relevante, tanto na geração de receitas quanto nos aspectos ambientais. O programa ainda não foi implementado de fato, e as superintendências relataram que a maior dificuldade para iniciá-lo reside no alto custo de inventariamento das áreas protegidas. O programa possui considerável importância ao Piauí, haja vista seu potencial florestal.
ARAÚJO, Luísa; RODRIGUES, Maria de Lurdes. Modelos de análise das políticas públicas. Sociologia, Problemas e Práticas, v. 83, p. 11-35, 2017. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Edições 70, 2002. PIAUÍ. Lei nº 7.033, de 28 de agosto de 2017. Dispõe sobre a criação do Programa Ativo Verde e Dá Outras Providências. SANTOS, Keila Patrícia Cambraia; FERREIRA, José Francisco Carvalho; SOTTA, Eleneide Doff. Os créditos de carbono no Estado do Amapá, Brasil: uma abordagem preliminar. PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP, v. 10, n. 1, p. 109-121, 2017.