Resumo

Título do Artigo

PROPOSTA DE JOGO SOBRE A ESTRUTURA CONCEITUAL DO SETOR PÚBLICO: UMA FERRAMENTA APLICADA NA UFPE
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Palavras Chave

EC do Setor Público
Jogo da EC do Setor Público
IPSAS

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Jonas Ferreira da Paixão
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Recife
2 - FERNANDO GENTIL DE SOUZA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Recife

Reumo

O ensino-aprendizagem de normas técnicas de contabilidade é um desafio para professores, alunos e profissionais que trabalham com a elaboração das demonstrações financeiras. No setor público, devido ao processo de convergência das IPSAS, esse desafio tornou-se ainda maior. O uso de metodologias tradicionais de ensino para o ensino de normas técnicas tem demonstrado ser pouco eficiente. Dessa forma, a utilização de ferramentas complementares como jogos lúdicos é um caminho que demonstra ser interessante, pois além da diversão, permite a participação ativa na construção do conhecimento.
O processo de convergência das IPSAS está em curso e será obrigatório para todos os entes da federação. Devido à importância dessa convergência, pois está diretamente relacionada à gestão e prestação de contas do patrimônio público, faz-se necessário verificar se o uso de ferramentas complementares de ensino ao método tradicional pode ser eficaz no processo de aprendizagem dessas normas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é investigar se o uso de jogo como ferramenta complementar pode ser uma útil no ensino-aprendizagem da Estrutura Conceitual (EC) do setor público.
Pereira, Niyama e Freire (2012) enfatizam a importância do ensino-aprendizagem das normas técnica nas Instituições de Ensino Superior, bem como dos profissionais que interagem com a contabilidade aplicada ao setor público. Como ferramenta complementar de ensino, a literatura cita o uso de jogos educacionais, pois podem beneficiar o processo de aprendizagem por motivar o estudante a se adaptar a diversas situações, desenvolvendo raciocínio flexível (WEINTRAUB; HAWLITSCHEK, 2011).
Para atingir o objetivo foi aplicado um jogo de tabuleiro aos alunos de Contabilidade Pública da UFPE 2018.1. Os alunos foram submetidos à metodologia tradicional de ensino: aula expositiva, leitura e aplicação de questionário, e em seguida foram submetidos ao jogo contendo perguntas e respostas sobre a EC do setor público. A fim de mensurar quantitativamente a eficiência do jogo, os alunos foram submetidos ao questionário respondido anteriormente. A análise qualitativa baseou-se em um questionário escalonado na escala Likert e na observação participante dos pesquisadores.
A análise dos resultados reuniu os aspectos quantitativos e qualitativos. A análise quantitativa baseou-se no teste das seguintes hipóteses: H0 – O uso do jogo não foi eficaz no aumento da aprendizagem da EC para a turma de CASP da UFPE e H1 – O uso do jogo foi eficaz no aumento da aprendizagem da EC para a de CASP da UFPE. Os testes paramétricos t-pareado e não paramétricos de Wilcoxon demonstraram que H0 deve ser refutada. Foi possível pela análise qualitativa verificar que o uso do jogo uniu a diversão com o aumento do conhecimento e interesse pela EC do setor público.
Pela análise quantitativa e qualitativa foi possível constatar que o jogo foi eficaz no processo de aprendizado da EC do setor público. Sendo assim, conclui-se que o jogo além de reunir os aspectos lúdicos, interação e diversão, conseguiu aumentar a motivação e o nível de interesse dos alunos, o que levou ao aumento do conhecimento da norma.
CRUZ, C. F.; FERREIRA, A. C. S.; SZUSTER, N. EC da Contabilidade no Brasil : Percepção dos Docentes dos Programas de Pós- Graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis. Pensar Contábil, v. 13, n. 50, p. 53–63, 2011. NUNES, I. V.; VIEIRA, A.; MARQUES, C. Nível de Conhecimento sobre a EC Básica: o caso dos Alunos do Curso de Ciências Contábeis de uma Universidade Pública Mineira. Encontro da ANPAD - EnANPAD, 38, p. 1–16, 2014. SANTOS, R. de. Jogos de empresas aplicados ao processo de ensino e aprendizagem de contabilidade. Revista Contabilidade & Finanças, v. 14, n. 31, p. 78-95, jan./abr. 2014.