Resumo

Título do Artigo

INTENÇÃO EMPREENDEDORA DOS PARTICIPANTES DO STARTUP WEEKEND: Análise Longitudinal
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Palavras Chave

Intenção Empreendedora
Startup Weekend
Análise longitudinal

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - Amelia Silveira
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Doutorado em Administração
2 - flavio santino bizarrias
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Vila Maria
3 - Hérmani Magalhães Olivense do Carmo
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - PPGA

Reumo

O estudo do processo de criação de novas empresas converge para a compreensão da importância dos fatores cognitivos, principalmente a intenção, como forma de aumentar a compreensão sobre a criação de novos empreendimentos. Sendo forte esta intenção é provável que haja a realização do comportamento planejado de empreender. Este entendimento resume os fundamentos e a definição do tema desta pesquisa, voltado para a mensuração da intenção empreendedora.
A intenção empreendedora dos participantes de um evento de empreendedorismo se acelera durante sua realização. Cabe questionar, entretanto, que a medida desta intenção empreendedora, depois do termino do evento se mantém desconhecida. Não é mensurada. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a Intenção Empreendedora dos participantes do Startup Weekend (SW), de forma longitudinal: antes, durante e quatro meses depois do termino do evento.
Os modelos de mensuração da intenção empreendedora tem se apresentado como uma parte importante dos estudos da área de empreendedorismo e do comportamento empreendedor. Estudiosos têm apresentado diferentes modelos para medir a disposição do indivíduo para empreender. Esta pesquisa foi realizada com base em Azjen (1991) e apoiada no Questionário de Intenção Empreendedora (QIE), de Liñán e Chen (2009), e aperfeiçoado por Liñán, Urbano e Guerrero (2011) e Liñán, Nabi, e Krueger (2014).
Pesquisa foi descritiva, quantitativa, dedutiva, e longitudinal. Adotou procedimentos estatísticos (HAIR JR. et al., 2010) e de Modelagem de Equações Estruturais (MEE), utilizando o método de mínimos quadrados parciais (Partial Least Square, PLS) e o software SmartPLS2.0M3 (RINGLE; WENDE; WILL, 2016; RINGLE; SILVA; BIDO, 2014).Com base no modelo de Azjen (1991), e seus constructos preditivos, se observou e confirmou sete hipóteses de pesquisa nos momentos t1, t2 e t3.
O modelo estrutural alcançou um bom ajuste em todos os instantes de mensuração. A Intenção Empreendedora alcançou valores de 63,8%, 65,7% e 71% nos instantes t1, t2 e t3 respectivamente, evidenciando a adequação do modelo teórico ao objetivo de pesquisa. Considera-se que este objetivo foi alcançado, na medida em que todas as hipóteses praticamente foram confirmadas. Pôde-se observar a moderação do evento SW sobre as relações estabelecidas pelo modelo.
De forma geral, a relação entre normas subjetivas e intenção de empreender (H1) se mostrou frágil em mais de um instante, se confirmando apenas no instante t2 (Γ=0,062, p=0,061). Este aspecto parece sugerir que para que o indivíduo queira empreender, o ambiente em que está inserido não se mostra favorável. Isto se deve, atualmente, a todo um cenário de incertezas sociais, econômicas e políticas no Brasil que não se mostram favoráveis e estimulantes para empreender.
HAIR JR, J. F. et al. Análise multivariada de dados. 7.ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. RINGLE, C. M.; SILVA, D. da; BIDO, D. Modelagem de equações estruturais com utilização do SmartPLS. Brazilian Journal of Marketing – BJM e Revista Brasileira de Marketing - ReMark, Edição Especial, São Paulo, v.13, n.2, p.56-73, mai.2014. RINGLE, C. M.; WENDE, S.; WILL, A. SmartPLS 2.0 (2005). Disponível em: www.smartpls.de. Acesso em: 20 abr. 2016.