Resumo

Título do Artigo

Cultura Organizacional no Brasil: relação entre grupos de pesquisa e produção científica
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Palavras Chave

Cultura organizacional
Grupos de pesquisa
Produção científica

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Simbolismos, Culturas e Identidades Organizacionais

Autores

Nome
1 - Nágila Giovanna Silva Vilela
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - PPGADM-UFPR
2 - Natália Rese
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Departamento de Administração Geral e Aplicada - DAGA/PPGADM
3 - Mariane Lemos Lourenço
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - PPGADM-UFPR

Reumo

Os estudos sobre cultura como campo de conhecimento científico começaram a se consolidar no final do século XVIII e início do século XIX. Nessa época, Tylor (1958), ao relacionar a palavra germânica cultur com outra francesa civilization, obteve o termo culture, sinônimo de conhecimentos, crenças e hábitos do indivíduo como ser social (SILVA, ZANELLI, 2004).
O trabalho propõe-se a responder a seguinte questão: qual o impacto da produção científica sobre cultura organizacional dos grupos de pesquisa dessa temática no Brasil? Em razão da amplitude do tema “cultura organizacional” o objetivo é, portanto, analisar qual o impacto da produção científica sobre cultura organizacional dos grupos de pesquisa dessa mesma temática nos principais periódicos e eventos brasileiros.
“A cultura é o sistema de significados publicamente e coletivamente aceitos atuando em um determinado grupo em um determinado momento” (PETTIGREW, 1979, p. 574). Os estudos sobre cultura organizacional foram instituídos nos anos 1980, quando houve diversas publicações acadêmicas a respeito do tema e os pesquisadores da área começaram a se movimentar em relação a congressos, teses, artigos, entre outros (FREITAS, 2007).
Foram escolhidos seis periódicos com Qualis/Capes A2, três periódicos com Qualis/Capes B1 e quatro eventos da ANPAD. A triagem dos artigos para análise nessas bases de dados foi feita utilizando a palavra-chave “cultura organizacional”, resultando na seleção de 63 artigos. Quanto aos grupos de pesquisa, esses foram analisados a partir do termo de busca “cultura organizacional” no Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP), resultando em dezoito.Utilizou-se estatística descritiva e análise de redes.
Seis autores, entre membros e líderes dos grupos UFRJ 01, UFRJ 02 e UFPR publicaram quatro artigos. Desses, três são dos grupos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nota-se o realce dos grupos de pesquisa da UFRJ. Apesar de os grupos serem relativamente “novos” (os anos de criação foram 2013 e 2015 para UFRJ 01 e UFRJ 02, respectivamente), quatro dos quinze de seus pesquisadores foram autores de artigos sobre cultura organizacional nos últimos anos.
Se as limitações do trabalho não forem verdadeiras, o baixo impacto na produção científica indica que os grupos de pesquisa não estão cumprindo seus objetivos como grupo que nada mais é que produzir e disseminar/ facilitar o intercâmbio de informações e conhecimento. Uma maneira de reverter essa situação é a criação de redes de relacionamento entre os pesquisadores, seja na mesma universidade (quando em grupos de pesquisa diferentes) ou universidades distintas.
FREITAS, Maria Ester. Nasce um campo de conhecimentos. In: FREITAS, Maria Ester. Cultura organizacional: evolução e crítica. Ed. Cencage Learning. 2007. PETTIGREW, A.M. On Studying Organizational Cultures. Administrative Science Quarterly, v. 24, 1979, p. 570-581. SILVA, N.; ZANELLI, J. C. Cultura organizacional. In: Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. ZANELLI, J.C.; BORGES-ANDRADE, J.E.; BASTOS, A.V.B. (orgs.) Artmed, v. 2, 2004, p.407-442.