Resumo

Título do Artigo

EM TEMPOS DE PANDEMIA VENDER LENÇOS É MAIS VANTAJOSO DO QUE CHORAR: EVIDÊNCIAS NOS SETORES DE CONSUMO NÃO-CÍCLICOS E DE SAÚDE, NO BRASIL
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Palavras Chave

Impactos econômicos-financeiros
Pandemia de Covid-19
Brasil, Bolsa e Balcão - [B]3

Área

Finanças

Tema

Decisões de Investimento Empresarial

Autores

Nome
1 - Rodrigo Andrade de Castro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Goiabeiras
2 - Matheus Galdino Marchiorio
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Goiabeira
3 - Marina de Morais Bello
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Goiabeiras
4 - Donizete Reina
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - goiabeiras

Reumo

A pandemia do Coronavírus teve início ao final do ano de 2019, acarretando em uma contaminação rápida e massificada pelo Covid-19. Isso afetou diretamente a economia mundial, provocando também efeitos nos indicadores econômicos e financeiros das empresas pertencentes aos setores brasileiros de Consumo Não-Cíclicos e de Saúde. Consequentemente, formou-se uma grande paralisação das atividades comerciais e industriais, assim como de serviços. Contudo, pouco se sabia na época quais seriam os efeitos sobre o desempenho econômico-financeiro nas empresas de Consumo Não-Cíclico e de Saúde, no Brasil.
Este estudo tem como lacuna a seguinte questão: como os índices econômicos e financeiros das empresas do setor de consumo não cíclicos e das empresas do setor de saúde, no Brasil, foram afetados pela pandemia de Covid-19? Para responder a tal questionamento, o presente estudo tem como objetivo analisar os efeitos provocados nos indicadores econômicos e financeiros das empresas, no Brasil. Assim, apurou-se o comportamento dos indicadores econômicos e financeiros no período entre 2018 e 2021 das empresas de consumo não-cíclicos e das empresas do segmento de saúde listadas na [B]3.
Schneider et al. (2020) destacam a possibilidade de escassez de oferta no mercado interno e aumento dos preços dos produtos, estimulando as exportações, em contexto de pandemia. Avelar et al. (2020) constatou um impacto significativo na sustentabilidade econômico-financeira dessas empresas, com redução na rentabilidade e aumento do endividamento. Pereira et al. (2021) registrou 462.149 internações no SUS nesse período, sendo 4,9% delas para tratamento de Covid-19. Os gastos totais ultrapassaram 2,2 bilhões de reais, com 85% destinados a serviços hospitalares e 15% a serviços profissionais.
A amostra deste estudo é composta por todas as 55 empresas pertencentes aos setores econômicos de consumo não-cíclico e saúde disponíveis na [B]3. Nesse sentido, destaca-se que o setor de consumo não-cíclico possui 31 empresas, enquanto o setor da saúde possui 24 empresas. Apurou-se o comportamento dos indicadores econômicos e financeiros no período entre 2018 e 2021 das empresas desses segmentos listadas na [B]3. O estudo é quali-quantitativo, predominantemente qualitativo, pois a realidade observada nas empresas foi representada por indicadores e cálculos percentuais.
As empresas apresentaram variações nos indicadores de liquidez, estrutura de capital e rentabilidade. Contudo, nos dois segmentos entendeu-se que as entidades conseguiram utilizar os recursos de terceiros de forma positiva, maximizando seus resultados durante o período da pandemia. Além disso, para os acionistas, as empresas de Consumo Não Cíclico e de Saúde geraram um retorno maior nesse cenário. Quanto à liquidez geral, a análise demonstrou que houve uma diminuição no indicador durante o período da pandemia e no índice de endividamento teve uma leve redução durante o período de 2020 e 2021.
Os indicadores de liquidez indicam uma diminuição na capacidade de pagamento das empresas durante a pandemia, os de estrutura de capital mostram aumento na dependência de capitais de terceiros de curto prazo; os de rentabilidade indicam uma utilização positiva dos recursos e um retorno maior para os acionistas. Na saúde, há uma maior disponibilidade de recursos para cobrir emergências financeiras. Os indicadores de estrutura de capital mostram uma redução na dependência de recursos de terceiros a curto prazo. Os indicadores de rentabilidade aumentaram, enquanto o ROE teve uma leve redução.
AVELAR, E. A.; FERREIRA, P. O.; SILVA, B. N. E. R.; FERREIRA, C. O. Efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a sustentabilidade econômica-financeira de empresas brasileiras. Revista Gestão Organizacional, v. 14, n. 1, p. 131-152, 2021. SILVA, G. et al. A influência da pandemia Covid-19 na volatilidade dos índices de mercado de ações (Ibovespa): Aplicação do modelo Markov Switching Autoregressivo. Brazilian Journal of Business, v. 3, n. 3, 2021.