Resumo

Título do Artigo

INDICADORES GLOBAIS DE INOVAÇÃO NO CONTEXTO NORTESUL GLOBAL
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Palavras Chave

Pesquisa e Desenvolvimento
Índice Global de Inovação
Norte e Sul Global

Área

Gestão da Inovação

Tema

Políticas, Estratégias, Instituições e Internacionalização da Inovação

Autores

Nome
1 - Rosangela de Lima Gonçalves Saisse
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Duque de Caxias
2 - Josir Simeone Gomes
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Doutorado em Administração

Reumo

Uma divisão para o espaço geográfico pode ser feita delimitando-se o Sistema Internacional (SI) em dois grupamentos, observando não sua localização espacial mas levando em consideração Indicadores de desenvolvimento econômico. O ex-Chanceler Willy Brandt cria uma delimitação para o SI em dois grupamentos: Norte e Sul. A geração da inovação já não mais se verifica apenas em países alta renda. A atividade inovativa se dissemina significativamente entre países em desenvolvimento. Contudo persiste grande lacuna no nível de desenvolvimento e crescimento econômico oriundos da distância tecnológica.
Objetivamos debater sobre o papel dos investimentos interno bruto em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como variável fundamental na capacidade dos sistemas nacionais de inovação e a atuação econômica dos países. Neste contexto, apoiados em dados anuais do Índice Global de Inovação (IGI) e o mapeamento da trajetória dos investimentos em P&D apresentados pela UNESCO, formulamos as questões de pesquisa: Há evidências entre o papel dos investimentos em P&D e o posicionamento dos países frente ao IGI? Existe lacuna no que tange aos investimentos em P&D entre os blocos Norte e Sul Global?
Medir a capacidade inovativa de uma nação significa olhar para o financiamento de P&D, considerado vetor de alto impacto para a competitividade e crescimento econômico por meio da aceleração da inovação, acumulação de capital e desenvolvimento do capital humano. Consolidar o contributo para a P&D, é fundamental para a difusão e reforço da inovação com o consequente desenvolvimento económico (BOR et al., 2010). Griffith et al. (2004) apontam a importância do nível de conhecimento do capital humano para potencializar a capacidade de absorção tecnológica e retorno relativo às novas tecnologias.
Foi realizado um mapeamento da trajetória dos países em seus investimentos em P&D, no período de 2011 a 2020. Para efeito de seleção dezesseis paises, foram escolhidos. Do Norte Global: EUA, Canadá, Reino Unido, Cingapura, República da Coreia, Israel, Finlândia e Japão. Do Sul Global: África do Sul, Brasil, México, Egito, Índia, Irã, Filipinas, Federação Russa. Construímos nossa amostra a partir de duas bases de dados: os relatórios anuais da WIPO e da UNESCO. Nosso valor amostral é formado por 160 observações, derivadas do fato de 16 países terem sido observados ao longo de 10 anos.
A análise destacou a existência de um gap estrutural que persiste ao longo dos anos tanto em termos de P&D como no que se refere aos sistemas nacionais de inovação e que investimentos P&D são fundamentais para consolidação de avanços científicos que resultarão melhor desempenho em indicadores globais. Do grupo Norte Global, os que mais investiram foram Israel e a República da Coreia refletindo os esforços dos governos para impulsionar o crescimento econômico. Tendo no Sul Global a China e Federação Russa como os maiores investidores em P&D, destacando-se a China com um forte potencial.
Concluímos que investimentos em P&D e o aprimoramento dos sistemas internos de inovação são canais potencializadores para o desenvolvimento nacional e caminho para ocupar um lugar em diversos setores da economia mundial. No que diz respeito à redução gap tecnológico identificado, entende-se que a elaboração de políticas públicas em C&T, por parte dos tomadores de decisão, tem papel importante no sentido promover e fortalecer o ecossistema de inovação. Mostramos a China com intensivo investimento em P&D, além de manter-se na liderança do IGI entre as nações da amostra.
Bor, Y. J., Chuang, Y., Lai, W., & Yang, C. (2010). A dynamic general equilibrium model for public R&D investment in Taiwan. Economic Modelling Cornell University, INSEAD & WIPO (2020). The Global Innovation Index 2020: Who Will Finance Innovation? Griffith, R., Redding, S., & Reenen, J. V. (2004). Mapping the Two Faces of R&D: Productivity Growth in a Panel of OECD Industries. Review of Economics and Statistics UNESCO. Institute for Statistics (UIS) UNCTAD. (2019). Digital Economy Repor 2019 - Value Creation and Capture: Implications for developing countries