Resumo

Título do Artigo

PORTFÓLIOS NO ÂMBITO DAS FINANÇAS COMPORTAMENTAIS: UMA REVISÃO DA LITERATURA A PARTIR DO MAPEAMENTO BIBLIOMÉTRICO
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Palavras Chave

Finanças Comportamentais
Portfólios
Bibliometria

Área

Finanças

Tema

Finanças Comportamentais

Autores

Nome
1 - Samuel de Freitas Junior
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Campus Higienópolis
2 - Aldy Fernandes da Silva
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Centro de Ciências Socias Aplicadas
3 - Denis Forte
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Higienópolis

Reumo

O presente trabalho realizou revisão de literatura da teoria do portfólio no âmbito das finanças comportamentais de forma inédita, por meio do mapeamento bibliométrico de 251 publicações selecionadas a partir da base de dados “Web of Science”, que serviu como ponto de partida para a pesquisa, e possibilitou as análises das discussões acadêmicas para sintetizar os principais avanços já realizados, confrontar as ideias mais relevantes, identificar o estado da arte e indicar novos caminhos a serem trilhados, segundo uma metodologia ainda não utilizada para o tema.
Muito se avançou nos estudos na teoria dos portfólios no âmbito das finanças comportamentais, sem, no entanto, criar novo paradigma adotado por acadêmicos e profissionais da área das finanças em substituição aos modelos baseados na Teoria Moderna das Finanças. Neste sentido, o presente trabalho propõe contribuir com as pesquisas na área a partir da síntese dos principais avanços já realizados, confrontar as ideias mais relevantes, identificar o estado da arte e indicar novos caminhos a serem trilhados para o aperfeiçoamento da teoria do portfólio no âmbito das finanças comportamentais.
A base das finanças tradicionais indica que a formação de portfólios está sujeita a expec-tativa de racionalidade do investidor, entretanto, no “mundo real”, as hipóteses da racionalidade nem sempre são aplicáveis e muitas decisões são baseadas em crenças sobre a probabilidade de eventos incertos, geralmente expressas em declarações como "eu acho que..." ou "é improvável que...". Os portfólios também são impactados por fatores psicológicos e comportamentais que estão relacionados com as experiências de vida, nível de escolaridade, padrão de renda e inclusive o país onde o investidor vive.
A utilização de técnicas bibliométricas proporcionou obter uma visão mais ampla e sistemática da produção científica sobre o tema, e analisar sobre distintas óticas os pontos de debate central sobre o tema, e os caminhos que vem sendo desenvolvidos em busca do seu estado da arte. A partir da análise dos documentos mais influentes, buscou-se encontrar a estrutura conceitual e as fronteiras intelectuais sobre o tema. Complementarmente, foram feitas análises com o uso das técnicas bibliométricas com uso da palavras-chaves contidas para identificar temas motores e de tendências.
Os indivíduos não seguem os preceitos da racionalidade das finanças modernas e selecionam seus portfólios a partir de preceitos compatíveis com as teorias das finanças comportamentais. Os modelos de seleção de portfólio, que levam em conta o contexto comportamental, são mais condizentes com a expectativa dos investidores. Há caminhos para minimizar possíveis efeitos negativos de fatores comportamentais na seleção de portfólios, dois quais cabem destacar a alfabetização financeira e a definição de políticas que proporcionem melhor ambiente de tomada de decisão dos investidores.
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