Resumo

Título do Artigo

Grau de Internacionalização, Incerteza de Política Econômica e Sustentabilidade: uma Análise das Empresas Brasileiras sob a Perspectiva do Risco Financeiro
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Palavras Chave

Grau de internacionalização
Risco financeiro
Sustentabilidade

Área

Finanças

Tema

Apreçamento de Ativos

Autores

Nome
1 - Arthur Antonio Silva Rosa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN
2 - Kárem Cristina de Sousa Ribeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN

Reumo

A internacionalização permite que as companhias acessem novos mercados consumidores e aumentem suas fontes de receitas, podendo, assim, contribuir para diminuição do risco financeiro. No entanto, o processo de expansão internacional também envolve um aumento de custos e desafios de se atuar em um novo mercado. Outro fator que pode contribuir para a diminuição do risco é o maior desempenho ESG da empresa devido, por exemplo, à obtenção de uma melhor gestão de riscos e transparência.
O objetivo desta pesquisa consiste em analisar o efeito moderador da sustentabilidade e da incerteza de política econômica na relação entre internacionalização e risco financeiro das empresas brasileiras não financeiras listadas na B3 no período de 2010 a 2020.
Embora haja evidências de que a internacionalização contribua para a sua redução, essa relação não é consenso devido aos desafios envolvidos nesse processo. O processo de expansão internacional poderia diminuir o risco financeiro da empresa pelo fato de que ela poderia atuar em mercados que não são perfeitamente correlacionados. Dessa forma, as oscilações na demanda em um desses mercados poderiam ser compensadas pela atuação em outro mercado, o que proporcionaria uma vantagem competitiva (Kim, Hwang & Burgers, 1993; Barney & Hesterly, 2011; Jana, Mitja & Manolova, 2018).
Utilizou-se uma regressão linear múltipla com dados em painel, a qual permite identificar e analisar as relações abordadas pelo objetivo do estudo. Os outliers da amostra foram tratados pelo método de winsorização ao nível de 2%. Para a definição do modelo de regressão mais adequado entre Pooled, Efeitos Fixos ou Efeitos Aleatórios, realizaram-se os testes de Breusch-Pagan, Chow e Hausman, de forma que a autocorrelação e a heterocedasticidade foram tratados pelo método dos erros padrão robustos clusterizados.
Os resultados encontrados indicam que, embora a internacionalização apresente uma relação positiva com o risco total, a variável possui uma relação negativa com o risco sistemático. Além disso, constatou-se que a sustentabilidade e a incerteza de política econômica exercem efeitos moderadores nas relações analisadas, que podem ser considerados pelos gestores durante o processo de internacionalização, no que diz respeito ao risco.
Constatou-se que períodos de elevada EPU tendem a aumentar o risco total e o risco sistemático das companhias brasileiras. No entanto, empresas com maior grau de internacionalização tendem a reduzir o seu risco sistemático, apesar do aumento da EPU. Ainda, empresas que, de forma simultânea ao processo de internacionalização, aumentam seu desempenho ESG tendem a reduzir o seu risco total e o sistemático apesar das instabilidades na economia e nos fluxos de caixa ocasionadas pela elevada EPU.
Baker, S. R., Bloom, N., & Davis, S. J. (2016). Measuring economic policy uncertainty. The quarterly journal of economics, 131(4), 1593-1636. Jana, H., Mitja, R., & Manolova, T. S. (2018). Internationalization and economic performance: The mediating role of eco-innovation. Journal of Cleaner Production, 171(1), 1312-1323. Shakil, M. H. (2021). Environmental, social and governance performance and financial risk: Moderating role of ESG controversies and board gender diversity. Resources Policy, 72(1), 1-10.