Resumo

Título do Artigo

SUBJETIVIDADE DO ENVELHECIMENTO DOCENTE
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Palavras Chave

Subjetividade;
Envelhecimento
Trabalho docente

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Formação do Professor e Pesquisador

Autores

Nome
1 - Vanessa Carla de Freitas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Vitória

Reumo

Envelhecer é uma condição inescapável a todas as pessoas, no entanto, o idoso de hoje não é frágil e senil (Mattos, 2021), mas, ativos e sociais e fortes devido aos avanços na medicina (Andrade & Torres, 2020). Ademais, a pandemia tornou as demandas profissionais complexas para os professores veteranos, devido a mudança para o ensino remoto sem uma preparação adequada (Portes & Portes, 2021). Neste contexto, as subjetividades, que segundo Gonzalés Rey (2015), são produzidas pelo contexto histórico-cultural, experiências pessoais e coletivas, foram produzidas.
Como o envelhecimento produz subjetividade nos docentes do ensino superior? O qual será investigado por meio do objetivo de compreender de que modo o envelhecimento produz subjetividade nos docentes do ensino superior.
A subjetividade é um processo ontológico que parte da cultura, historicamente localizado, construído no social (Castanho & Zorzim, 2017). Ademais, o envelhecer acontece gradualmente e modifica o sujeito na ordem biológica, psicológica e social (Smuczek, 2022). O envelhecimento para o trabalho docente é um desafio, visto a atividade envolver um contínuo processo de formação e desenvolvimento do conhecimento (Silva & Júnior, 2022) de forma que através das experiências, do presente e das ideias de futuro, reinventa-se o trabalho docente e o ensino (Alves & Oliveira, 2018).
3 tópicos de discussão: Envelhecimento e trabalho: o envelhecimento tem estado ligado a aposentadoria, ambos são marcados pelo sentimento de perda (Parreira, 2017). Subjetividade docente e pandemia: produção de subjetividades decorrentes da confrontação entre a forma antiga e a nova de ser docente (Chiote, Soares, & Galvão, 2021). Subjetividade docente e envelhecimento: as transformações no trabalho docente decorrentes da pandemia, levaram os docentes veteranos a produzir subjetividades frente as demandas físicas, profissionais no pós pandemia no ensino superior (Freitas & Gil, 2020).
As discussões teóricas destacaram que o envelhecimento é um momento natural, que apesar dos estereótipos usualmente atribuídos a ele, não é um momento de encerramento da vida útil humana, mas um momento de transição, de mudança. Essa mudança pode acontecer de diversas formas, a depender dos significados e subjetividades que envolvem o contexto social e o próprio sujeito. Destaca-se que o envelhecer não é unanime em todos os lugares e nem para todas as pessoas. Assim, os docentes veteranos possuem formas diferentes de atuação e superação quanto a relação envelhecimento e trabalho.
Freitas, M. C., & Gil, C. A. (2020). Envelhecimento e Trabalho: Percepções e Vivências de Docentes do Ensino Superior na Maturidade. Revista Internacional de Educação Superior, 6, pp. 1-29. Gonzaléz Rey, F. (2015). A saúde na trama complexa da cultura, das instituições e da subjetividade. Em F. G. Rey, & J. Bizerril., Saúde, cultura e subjetividade : uma referência interdisciplinar (pp. 9-34). Brasília: UniCEUB. Silva, M. d., & Júnior, J. A. (2022). O Trabalho Docente Frente ao Desenviolvimento Cognitivo e Socioafetivo Discente. Perspectivas em Diálogo, 9, pp. 214-229.