Resumo

Título do Artigo

COOPETIÇÃO EM CLUSTER: DEFINIÇÃO, DIMENSÕES E ELEMENTOS INTRACLUSTER
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Palavras Chave

Coopetição
Intracluster
Gestão Estratégica

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Cluster, Redes de Negócios e Cooperação

Autores

Nome
1 - Rosana Lacerda Coelho Fernandes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG) - PPGA
2 - ADRIANA FUMI CHIM MIKI
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG) - Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade
3 - Jefferson Marlon Monticelli
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

Tanto a coopetição quanto os clusters têm sido amplamente estudados e considerados estratégias essenciais para vantagem competitiva. Apesar disso, ainda são poucos os artigos da coopetição em cluster e inexistente sua definição. Há um número ainda mais reduzido na perspectiva intracluster. Estudos, que possam contribuir em identificar as formas operacionais do cluster, funcionam como diagnósticos para ajudar a repensar estratégias, e conduzir a um melhor desempenho futuro para a região onde estão inseridos.
Este estudo tem a seguinte questão norteadora: Existe coopetição intracluster e quais são suas dimensões e elementos formadores? Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar a existência de coopetição intracluster, suas dimensões e elementos formadores.
Moreira et al. (2019a) delimitou os recursos do cluster, seguindo a linha porteriana (Porter, 1998) e a Visão Baseada em Recursos (RBV) de Barney (1991). A proposta de Moreira et al. (2019a) inclui elementos de relacionamento, mas não está fundamentada no comportamento coopetitivo. Crick e Crick (2021b) oferecem uma visão complementar em que se reconhece o comportamento de coopetição como um dos recursos dentro da RBV. Este pressuposto também encontrou raízes na evolução do próprio Barney (2018) que destacou o papel dos stakeholders incluindo os rivais no desempenho das empresas.
O estudo adota uma metodologia qualitativa em um estudo de caso emblemático único de uma economia emergente. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas em profundidade com um roteiro semiestruturado junto a gestores de instituições de governança e empresas clusterizadas. Foi utilizado um software de análise de dados qualitativos assistida por computador (CAQDAS), realizando uma análise de conteúdo para codificação dos dados com categorias utilizando o NVivo.
Foram formuladas dez proposições a partir dos pressupostos do coopetição intracluster constantes na teoria. Os resultados encontrados no caso analisado apoiaram, no geral, as proposições (P1 a P10) com uma única exceção (P9). Os achados apresentam os elementos (subcategorias) da coopetição intracluster, que são úteis para melhorar a eficiência da interação entre o cluster e as empresas clusterizadas e, assim, consolidar a estratégia de coopetição e seus resultados individuais e coletivos.
A coopetição intracluster é a estratégia base interna do cluster, e suas dimensões são: ajuste estratégico, benefícios percebidos, coopetição mediada, interações sociais, orientação coopetitiva, riscos da coopetição e temporalidade da coopetição. Enquanto, trinta e um elementos são formadores destas dimensões. A perspectiva teórica da coopetição intracluster é de coopetição mediada e rede informal, que juntamente com a interação social funcionam como pano de fundo para a estratégia se consolidar. Os clusterizados consideram a relação risco-benefício positiva.
Barney (2018). Why resource-based theory’s model of profit appropriation must incorporate a stakeholder perspective. Strategic Management Journal, 39(13), 3305–3325. Crick & Crick (2021b). Rising up to the challenge of our rivals: Unpacking the drivers and outcomes of coopetition activities. Industrial Marketing Management, 96(May 2020), 71–85. Moreira, Hervas-Oliver, Chim-Miki, & De Moraes (2019a). Global pipelines and absorptive capacity: Insights from the clustered firms at São Francisco River Valley. International Journal of Knowledge-Based Development, 10(4), 297–314.