Resumo

Título do Artigo

TRABALHO REMOTO E SÍNDROME DE BURNOUT NA PERCEPÇÃO DE DOCENTES DE UMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR
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Palavras Chave

Trabalho Remoto
Síndrome de Burnout
Covid-19

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Bem-estar e Mal-estar no trabalho

Autores

Nome
1 - Naldeir dos Santos Vieira
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI (UFVJM) - Departamento de Administração
2 - Agnaldo Keiti Higuchi
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI (UFVJM) - UFVJM
3 - Thaynan Amaral da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI (UFVJM) - Campus Teófilo Otoni
4 - Juliana Vieira Borges
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI (UFVJM) - FACSAE

Reumo

Em face do cenário atual, fortemente impactado pela pandemia da Covid-19, a intensificação do trabalho remoto e seus efeitos na saúde mental e no adoecimento psíquico dos trabalhadores estão sendo alvos de debates e problematizações (Araújo et al., 2021). Neste âmbito das doenças psicológicas relacionadas ao trabalho, cabe destacar a síndrome de Burnout que é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultante de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade (Pinho & Mattos, 2018; Brasil, 2022).
Ao serem forçados a trabalharem remotamente em um contexto de crise sanitária, tornou-se ainda mais preocupante a necessidade e os reflexos do isolamento social em professores universitários. Em decorrência, este estudo teve como objetivo analisar a influência do trabalho remoto no desenvolvimento de sintomas característicos da síndrome de Burnout em professores de uma Instituição Federal de Ensino Superior, e, neste caso, identificar os motivadores para o desenvolvimento ou ampliação desta síndrome.
Como fundamentação teórica, foram abordados os aspectos relacionados à Síndrome de Burnout, com destaque para os estudos de Pinho e Mattos (2018), Paiva, Gomes e Helal (2015), Carlotto (2002), Moll et al. (2022), Araújo et al. (2021) e à A Síndrome de Burnout entre professores universitários, com destaque para Lima (2010), Rocha et al. (2020) e Popayán, Correa-Correa et al. (2010).
Foi realizada uma pesquisa descritiva, numa abordagem quantitativa e por meio do envio de questionários online a todos os professores efetivos da universidade estudada. Os dados foram analisados em conjunto com o auxílio do software estatístico PSPP. Foi realizado também o teste de aderência à Curva Normal dos dados (para determinação da forma conveniente de comparar médias), e a comparação de médias entre os escores da síndrome de Burnout antes e durante a aplicação do ensino na modalidade remota (trabalho remoto).
Foi demonstrada ampliação considerável nas médias dos escores obtidos para os fatores relacionados à síndrome de Burnout. Além disso, foi identificada a alteração na estrutura dos fatores que levam à síndrome de Burnout com o advento do trabalho remoto. Para o período anterior à adesão deste formato de trabalho, a maior média apresentada foi para a dimensão “Ilusão pelo trabalho”. Posteriormente, a maior média passou a ser a da dimensão “Desgaste psíquico”.
Diante das constatações do estudo, cabe a reflexão de que assim como em muitos contextos universitários, há na Universidade Alfa um percentual considerável de professores com sintomas característicos da síndrome de Burnout, quadro que foi agravado pelo contexto da pandemia da Covid 19, o qual fomentou o isolamento social e a realização do trabalho docente remotamente.
Araújo, D. N., Oliveira, L. C., Rocha, F. N., & Bernardino, A. V. S. (2021). Aumento da incidência de síndrome de Burnout nas atividades laborais durante a pandemia de COVID-19. Mosaico – Revista Multidisciplinar de Humanidades, 12(2) 85-90. Lima, M. F. E. M. (2010). Condições de trabalho e saúde do/a professor/a universitário/a: estudo de caso de uma IFES. Desafio: Revista Economia e Administração, 11(23), 25-35. Pinho, J. F., Mattos, C. A. C. (2018). A Síndrome de Burnout em Professores: uma investigação na Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará. Caderno de Administração, 26(2).