Resumo

Título do Artigo

O CORPO GORDO E O DESENVOLVIMENTO DA CARREIRA: lugar de gordo é onde ele quiser?
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Palavras Chave

Diversidade
Gordofobia
Desenvolvimento de carreira

Área

Gestão de Pessoas

Tema

As faces da Diversidade

Autores

Nome
1 - Daniela Ferreira da Silva Suarez
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Caxias
2 - Joyce Gonçalves Altaf
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Caxias
3 - Irene Raguenet Troccoli
FGV EBAPE - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas - Rio de janeiro
4 - Judimar da Silva Gomes
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Duque de Caxias
5 - Naiara Tavares da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (UFRRJ) - Seropédica

Reumo

A diversidade no trabalho merece cada vez mais atenção dos pesquisadores de Administração que começam a debruçar seus esforços em estudos para entender as diferenças e preconceitos enfrentados por múltiplos grupos da sociedade. No que tange particularmente ao trabalho, esses estudos merecem ênfase pois repercutem não só nas organizações, mas também na essência de cada indivíduo correlacionado. Ressalta-se que, dentro da Administração, pensar o corpo gordo e a gordofobia ainda é algo pouco realizado e que merece esforço entre os pesquisadores. Medeiros, Possas & Valadão (2018) defendem que exis
o presente artigo traz como questionamento: até que ponto o corpo gordo é um impedimento para o desenvolvimento da carreira organizacional? O objetivo do artigo é, portanto, analisar de que forma o preconceito contra corpos gordos pode afetar o desenvolvimento da carreira dentro das organizações.
No presente artigo utilizamos a contribuição de Pausé (2022) para apresentar quatro tipos de estudos correlacionados ao corpo gordo: pesquisa de obesidade; estudos críticos da obesidade; ciência do peso e o fat studies. E destaca-se o fat studies por seu olhar crítico no que se refere as atitudes da sociedade em relação a aparência e ressalta a igualdade para todas as pessoas com relação ao tamanho do corpo. No contexto organizacional, adotar práticas de gestão da diversidade – cujo intuito é buscar aumentar a participação de pessoas mantidas à margem da sociedade, conhecidas também como minor
A pesquisa é de natureza qualitativa e descritiva. Para compreender melhor as consequências do corpo gordo no desenvolvimento da carreira foram realizadas entrevistas com quatro profissionais gestores da área de recursos humanos de empresas brasileiras e de multinacionais com sede no Brasil. A seleção de sujeitos foi feita utilizando a técnica de bola de neve (Aaker, Kumar & Day, 2004; Rudd, 1996), e a análise das entrevistas utilizou a análise de conteúdo.
O presente estudo contribui, portanto, com a proposta de se entender e questionar a forma como esse corpo gordo é visto tanto pela sociedade quanto por muitos dos próprios indivíduos e o quanto esse olhar dotado de diversidade pode impactar na própria sociedade como um todo. Contribui com os estudos sobre organizações e gestão de pessoas, apontando para a necessidade de estabelecer políticas e práticas efetivas que considerem a obesidade no contexto organizacional e crie ações para atrair, apoiar e desenvolver o profissional com o corpo gordo.
Inicialmente foi identificado dificuldade na contratação, nas promoções e, na adequação de ergonomia e condições de trabalho. Ficou evidenciado um desconforto dos entrevistados ao falar sobre obesidade, de comentar sobre o corpo gordo, sendo predominante a cultura interna das organizações de que o corpo gordo não é saudável. As organizações precisam direcionar programas para a valorização do profissional pensando na dimensão da diversidade. O presente estudo sugere a necessidade de ir além dos modos tradicionais de pensar sobre o conceito proposto e, buscar estratégias para minimizar os precon
Aaker, D. A., Kumar, V., & Day, G. S. (2004). Pesquisa de marketing. tradutor: Reynaldo Cavalheiro Marcondes. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. (2016). Diretrizes brasileiras de obesidade. São Paulo, SP. Recuperado de https://bit.ly/2T5FIbn Allison, D. B., Fontaine, K. R., Manson, J. E., Stevens, J., & VanItallie, T. B. (1999). Annual deaths attributable to obesity in the United States. Jama, 282(16), 1530-1538. Alves, M. A.; Galeão-Silva, L. G. (2004). A crítica da gestão da diversidade nas organizações. Revista Eletrônica de Administração – RAE, 4 (3), 2