Resumo

Título do Artigo

ENVELHECIMENTO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR
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Palavras Chave

Envelhecimento
Ensino Superior
Trabalho docente

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Formação do Professor e Pesquisador

Autores

Nome
1 - Vanessa Carla de Freitas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Vitória

Reumo

O tempo de vida com os avanços tecnológicos e medicinais tem aumentado (Cepellos, 2018). Essa situação levou muitas pessoas a terem que escolher entre aposentar-se ou continuar trabalhando. Nesse contexto, as pessoas estão permanecendo mais tempo no trabalho, uma questão que demanda atenção das organizações quanto a gestão de diferentes gerações (Freitas & Gil, 2020). Nas instituições de ensino não é diferente, o envelhecimento docente é uma questão relevante, visto a docência ser ligada ao contexto social. Desse modo, os docentes precisam estar abertos a reinventar-se enquanto profissionais.
Como o envelhecimento docente é articulado nos estudos em administração? Tendo por Objetivo de pesquisa compreender de que modo o envelhecimento docente é articulado nos estudos em administração.
O envelhecimento é um fenômeno progressivo, com origem no nascimento e perdura até a morte (Smuczek, 2022). Conforme Loth e Silveira (2014), o envelhecimento não é um processo único para todas as pessoas, mas diverso. Segundo Silva e Júnior (2022), a docência exige flexibilidade física, emocional, por essa razão pensar no envelhecimento docente é uma necessidade. Além disso, a docência no ensino superior tem peculiaridade, como a realidade do produtivismo que é o aumento substancial das atividades dos docentes na busca de resultados (Hoffmann, Marchi, Comoretto, & Moura, 2018).
Não se pode dizer que todas as pessoas mais velhas têm doenças físicas, dificuldades com mudança ou com recursos de tecnologia de informação, doenças relacionadas ao cognitivo (Alves, Lopes & Pereira, 2020). Segundo Freitas e Gil (2020) esse é um dos estereótipos ligados ao envelhecimento docente, a dificuldade a se adaptar as mudanças, principalmente as tecnológicas. Diante da percepção de não enquadramento alguns docentes questionam-se quanto ao momento de aposentar. Segundo Freitas e Gil (2020), alguns docentes continuam trabalhando pelo sentimento de propósito social e transformador.
Nas discussões teóricas desenvolvidas, a docência demonstrou ser um processo dinâmico em constante transformação, rompendo com a percepção que o momento da aposentadoria é o momento da morte da vida profissional, mas compreendo o oposto, como uma transição de carreira, saída de uma forma de carreira para outra. Além disso, destacou que o envelhecimento no ensino superior possui desafios particulares, como o produtivismo acadêmico. Apesar disso, alguns docentes optam por continuar trabalhando como pesquisadores, professor colaborador, por compreender que ainda tem com o que contribuir.
Freitas, M. C., & Gil, C. A. (2020). Envelhecimento e Trabalho: Percepções e Vivências de Docentes do Ensino Superior na Maturidade. Revista Internacional de Educação Superior, 6, pp. 1-29. Hoffmann, C., Marchi, J., Comoretto, E., & Moura, G. L. (2018). Relações entre autoconceito profissional e produtivismo na Pós-graduação. Psicologia & Sociedade, 30, pp. 1-10. Silva, M. d., & Júnior, J. A. (2022). O Trabalho Docente Frente ao Desenviolvimento Cognitivo e Socioafetivo Discente. Perspectivas em Diálogo, 9, pp. 214-229.