Resumo

Título do Artigo

IMPULSIONANDO A INOVAÇÃO A PARTIR DE UM PROGRAMA DE IDEIAS EM UM BANCO COMERCIAL
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Palavras Chave

Programa de ideias
Programa de criatividade
Programa de ideação

Área

Gestão da Inovação

Tema

Dimensões Criativas, Comportamentais e Culturais da Inovação

Autores

Nome
1 - ALEXANDRE DA SILVA
UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) - Campos Ecoville - PPGA
2 - Cleonir Tumelero
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Administração

Reumo

A geração de ideias dentro do ambiente corporativo, ganha destaque através dos programas de ideias (PI), que têm como fonte natural o conhecimento acumulado do corpo funcional e auxiliam na construção de um ambiente que possibilita à organização, a implementação de um ritmo de produção sustentável e contínuo de inovações (Barbieri et al., 2009). Contudo, os PIs devem resultar em inovações que gerem resultados (Barbieri et al., 2009), e neste sentido as empresas mais propensas a inovar são aquelas que partem da estratégia corporativa com vistas à inovação (Gomes et at., 2015).
Uma vez que o tema geração de ideias oriundas de programas de inovação corporativa, recebe pouca atenção da literatura atual, por associar-se mais as inovações incrementais do que as inovações radicais (Silva, 2013), e haja vista a reduzida quantidade de estudos empíricos na literatura (Quandt et al., 2019), este estudo buscou investigar um PI de uma instituição financeira brasileira para responder a seguinte pergunta: Como um programa de ideias contribui para impulsionar a inovação em um banco comercial? Os resultados de um PI pode oportunizar a replicação de boas práticas de inovação.
Inicia-se a inovação a partir do conceito de ideia (Tidd & Bessant, 2020) e a associação da prática da ideação com uma capacidade interna da organização, reconhecendo que a ideia é o principal motor da inovação corporativa (Silva & Dacorso, 2014). Mostra-se a junção da geração de ideias com a inovação tecnológica sob o prisma da Teoria Evolucionária da Inovação (TEI) (Nelson & Winter, 1982) e se contextualiza a capacidade que estes programas tem de oportunizar à colaboradores de graus hierárquicos distintos participarem de um mesmo movimento em torno da inovação (Quandt et al., 2019).
De natureza exploratória e enfoque qualitativo (Creswell & Poth, 2017), o método de pesquisa foi um estudo de caso em profundidade, com entrevistas semi-estruturadas. A unidade de análise foi o PI de um banco comercial relevante no cenário Latino Americano. Coleta de dados primários aplicada a 21 funcionários relevantes empresa (42% do quadro estratégico de inovação) somando 639 minutos, mais dados secundários entre março/2020 e junho/2022. Análise de conteúdo, organização e codificação (Atlas.TI) sob a lente teórica da Teoria Evolucionária da Inovação com convergência de evidências.
Programa com adesão recorrente de grande parte dos colaboradores. Participação bastante heterogênea na organização. Confirmação de melhoria da percepção de uma maior autonomia e inovação no ambiente laboral a partir da pesquisa de clima da organização, pós retomada do programa em 2014 (recorrência de 70mil pessoas = 85% dos funcionários respondendo). Evolução contínua do programa em fases estruturadas conforme apelo da literatura e com o envolvimento crescente da empresa em busca de inovação. Mais de 4 mil ideias lançadas por edição do programa, 341 inovações adotadas entre incrementais.
Que o PI impulsiona as inovações, predominantemente incrementais, confirmando a vocação destes programas (Silva, 2016). Que é fundamental para o desenvolvimento endógeno dos ecossistemas de inovação (Björk & Hölzle, 2018). Que a estruturação em fases e com norteadores das inovações desejadas, otimiza a sistemática da geração de ideias na organização (Perkins, 2018). Que ele se torna um canalizador da criatividade (Elerud‐Tryde and Hooge, 2014) e um hub criativo influenciando outras ações inovativas na empresa, premiada entre as mais inovadoras do mundo (Global Finance Magazine, 2019-2023).
Barbieri, J. C., Álvares, A. C. T., & Cajazeira, J. E. R. (2009). Gestão de ideias para inovação contínua; Elerud‐Tryde, A., & Hooge, S. (2014). Beyond the generation of ideas: Virtual idea campaigns to spur creativity and innovation. Creativity and Innovation Management, 23(3); Nelson, R. R., & Winter, S. G. (1982). The Schumpeterian tradeoff revisited. The American Economic Review, 72(1); Sukumar, A., Jafari-Sadeghi, V., Garcia-Perez, A., & Dutta, D.K. (2020). The potential link between corporate innovations and corporate competitiveness: evidence from IT firms in the UK.