Resumo

Título do Artigo

FATORES DETERMINANTES E BARREIRAS DAS ECOINOVAÇÕES: um estudo de caso em um hotel
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Palavras Chave

ecoinovação
fatores determinantes
barreiras

Área

Turismo e Hospitalidade

Tema

Dimensões e Contextos do Turismo e da Hospitalidade

Autores

Nome
1 - Eva Valeria Maia Lameu
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade
2 - Sandra Maria dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade
3 - Augusto Cézar de Aquino Cabral
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade - FEAAC
4 - Gesinaldo Ataíde Cândido
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG) - Programa de Pós-graduação em Administração

Reumo

As ecoinovações consistem em melhorias ou mudanças em produtos, serviços, processos ou métodos organizacionais que proporcionam a redução dos impactos ambientais. Assim, sua adoção se configura como uma alternativa relevante para as organizações, que além dos benefícios ambientais, podem obter benefícios econômicos e sociais. Alguns fatores interferem, determinando ou dificultando a sua criação, desenvolvimento ou adoção.
A questão de pesquisa que norteia este estudo é: Quais são os fatores determinantes e as barreiras das ecoinovações no segmento hoteleiro? Esta pesquisa tem como objetivo geral investigar os fatores determinantes e as barreiras das ecoinovações no segmento hoteleiro. Para isso, foram traçados os objetivos específicos a seguir: a) identificar as tipologias das ecoinovações adotadas; b) investigar os principais fatores determinantes das ecoinovações e c) investigar as principais barreiras das ecoinovações.
As inovações voltadas para a sustentabilidade são denominadas como: ecoinovações ou inovações ecológicas; inovações ambientais; inovações verdes; ou inovações sustentáveis. As ecoinovações consistem em processos, práticas, sistemas e produtos, novos ou melhorados, que colaboram para a redução das implicações negativas ao meio ambiente, assim como cooperam para a sustentabilidade ambiental (OLTRA; SAINT JEAN, 2009). Diversos temas são pesquisados sobre ecoinovação, dentre os quais o estudo dos fatores determinantes e das barreiras; que podem interferir na adoção de ecoinovações (ALOISE, 2017).
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cuja estratégia adotada foi o estudo de caso único. A unidade de análise é um hotel de grande porte da cidade de Fortaleza-CE vinculado à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), tendo como sujeitos da pesquisa, gestores e supervisores do hotel. Foram realizadas cinco entrevistas semiestruturadas e observação não participante. A análise dos dados se deu por meio da análise de conteúdo, com auxílio do software ATLAS.ti.
Os resultados mostram que o hotel adota ecoinovações de produtos, processos e organizacionais, cuja tipologia predominante é a Ecoinovação de produtos. Verificou-se que os fatores Puxados pelo mercado são os principais fatores determinantes das ecoinovações, sendo o fator Redução de custos o mais relevante. Constatou-se que as principais barreiras são: ligadas ao consumidor e financeiras. Além disso, este estudo revelou três categorias empíricas: Liderança gerencial; Barreiras ligadas ao governo e Barreiras ligadas ao proprietário/investidor.
Concluiu-se que as ecoinovações em uma empresa do segmento hoteleiro ocorrem predominantemente em função de fatores puxados pelo mercado, sendo a Redução de custos o principal fator determinante. Além disso, as principais barreiras são ligadas ao consumidor e financeiras.
ALOISE, P. G. Ecoinovações no polo industrial de Manaus: direcionadores e fatores determinante. 2017. 241 f. Tese (Doutorado em Administração) - PUC-RS - UCS- Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2017. ASHFORD, N. Understanding technological responses of industrial firms to environmental problems: implications for government policy. In: FISCHER, K.; SCHOT, J. Environmental Strategies for Industry: International Perspectives on Research Needs and Policy Implication. Washington DC: Island Press, p. 277-307, 1993.