Resumo

Título do Artigo

IMPLICAÇÕES DO TRABALHO EM COOPERATIVAS DE PLATAFORMA NO CONTEXTO DA PRECARIZAÇÃO: o que uma Revisão Sistemática de Literatura pode apontar
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho

Palavras Chave

Precarização do trabalho
Cooperativas de Plataforma
Implicações.

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Políticas, Modelos e Práticas de Gestão de Pessoas

Autores

Nome
1 - Ana Caroline Ramos Rocha
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Campus Recife
2 - Débora Coutinho Paschoal Dourado
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - centro de ciencias sociais aplicadas
3 - Francisco Ricardo Fonseca
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Centro acadêmico do agreste

Reumo

As transformações na economia mundial nos últimos anos trouxeram o fenômeno da Gig Economy como um modelo econômico de intensas trocas comerciais entre empresas e consumidores intermediado pelas tecnologias digitais (Papadimitropoulos, 2021). Porém, os benefícios não alcançaram maior número de pessoas (Antunes,2020),os trabalhadores/as enfrentaram as mudanças com a introdução do trabalho intermitente, reflexo do avanço da flexibilização no trabalho que também trouxe a diminuição dos direitos de salário e jornada aos trabalhadores, prevista na reforma trabalhista brasileira (Brasil, 2017).
No sentido de contraposição ao modelo das plataformas digitais surgem a partir de 2014 as cooperativas de plataformas (Scholz & Schneider, 2016), plataformas alternativas que proporcionam uma mudança na propriedade da Internet e nas condições de trabalho aos trabalhadores nas plataformas. Desse modo, este artigo possui a seguinte questão de pesquisa: Quais as implicações do trabalho enfrentadas pelos trabalhadores de cooperativas de plataforma no cenário de precarização? O objetivo deste artigo é mapear as implicações do trabalho em cooperativas de plataformas no contexto da precarização.
A partir das consequências nefastas do trabalho flexível evidenciada na precarização das condições de trabalho por meio dos baixos salários e longas jornadas de trabalho. O conceito de cooperativismo de plataforma não só apresenta o modelo de organização do trabalho como resistência à precarização, e à exploração do trabalho, mas como alternativa positiva de condições de trabalho para criar outra propriedade de internet. O potencial das cooperativas está associado a uma democratização do trabalho digital com renda justa e direito ao trabalho (Scholz & Schneider, 2016).
Os resultados apresentados pelas métricas de publicação revelam que a produção de conhecimento acerca das questão atrelada às implicações do trabalho em cooperativas de plataformas no contexto da precarização é bastante recente. A publicação de artigos concentra-se no período de 2017 a 2023, distribuindo-se da seguinte maneira: 01 (pi = 7,15%) artigo em 2017, 01 (pi = 7,15%) em 2018, 05 no ano de 2020 (pi = 35,7%), 03 (pi = 21,4%) em 2021, 01 (pi = 7,15%) em 2022, e 03 (pi = 21,4%) em 2023. Os padrões de significado identificados nos artigos possibilitaram a criação indutiva de 14 códigos.
O cenário econômico digital está dominado pelas plataformas digitais, organizadas em um mercado de oligopólio que concentra a oferta de bens e serviços com poucas empresas na Gig Economy. As cooperativas de plataformas são alternativas organizacionais baseadas na propriedade e governança democrática, o propósito inovador das cooperativas está na oferta de empregos informais com mais condições de distribuição de riqueza social e poder entre os membros , uma autonomia para gestão das plataformas pelos trabalhadores/as, proteção contra a exploração do trabalho (Charles et.al., 2020).
Antunes, R. (2020). Privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital.Boitempo editorial. Brasil (2017). Lei n.13.467, de 13 de julho de 2017. Presidência da República. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm Papadimitropoulos, E. (2021). Platform Capitalism, Platform Cooperativism, and the Commons. Rethinking Marxism. 33(2), 246–262. https://doi.org/10.1080/08935696.2021.1893108 Scholz, T., & Schneider, N. (2016). Ours to hack and to own: The rise of platform cooperativism, a new vision for The future of work and a fairer internet. New Yor