Resumo

Título do Artigo

A INTERAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E SOCIEDADE EM PROJETOS DE EXTENSÃO TECNOLÓGICA: a experiência de financiamento por meio dos Centros de Desenvolvimento Regional (CDR)
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Palavras Chave

Universidade
Extensão tecnológica
Financiamento

Área

Artigos Aplicados

Tema

Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação

Autores

Nome
1 - JOSE RICARDO DE SANTANA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Departamento de Economia
2 - José Ricardo de Santana Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Departamento de Direito

Reumo

Na modernidade, as instituições de ensino e pesquisa vem contribuindo cada vez mais para o desenvolvimento regional, por meio da parceira com o setor produtivo. Este artigo trata das dificuldades de financiamento dos projetos realizados no âmbito do Centro de Desenvolvimento Regional, com o objetivo de apresentar as principais dificuldades dos projetos que são desenvolvidos nas Universidades e Instituições de pesquisa, bem como buscar alternativas para viabilizar a captação de recursos para esses projetos. Desse modo, trabalho pretende mapear as dificuldades e alternativas de financiamento.
A terceira missão da universidade é voltada para o desenvolvimento da sociedade por meio da resolução de problemas que estão presentes no contexto social. Nesse sentido, SILVA; DE SANTANA e RAPINI (2021, p. 121) explicam que a criação dos CDR representa uma estratégia de ação que compõe um programa em movimentar atores locais em busca de projetos orientados por políticas de inovação que possam proporcionar melhorias na sociedade, baseada na aproximação da relação universidade-empresa. Utilizando a metodologia Tecnology Readiness Level, é preciso classificar a maturidade tecnológica do projetos
O grande problema que se investiga na presente pesquisa é o “gap” de financiamento dessa etapa de desenvolvimento experimental dos projetos de pesquisa (TRL 3 a TRL 6), o chamado “vale da morte”, onde várias tecnologias perecem pela falta de disponibilidade de recursos para financiamento dos projetos. Utilizou-se da metodologia do CDR para analisar as dificuldades de obtenção de fontes de financiamento de projetos que ainda estão em fase de maturação experimental, uma vez que os projetos desenvolvidos no âmbito dos Centros encontram-se nessa etapa, que aflige diversos projetos tecnológicos.
É importante que a iniciativa CDR aponte caminhos possíveis para financiar os projetos, a fim de orientar os coordenadores regionais. A proposta de intervenção do presente trabalho consiste em utilizar como base os programas desenvolvidos no âmbito do CDR para localização das fontes de financiamento disponíveis e apontar as dificuldades enfrentadas pelos projetos nesse grau de maturidade. Apesar da análise se restringir à referida iniciativa, as conclusões são extensíveis aos projetos que estejam em etapas de desenvolvimento semelhante.
O caminho proposto está vinculado ao financiamento voltado à área de CT&I, numa perspectiva de projetos de pesquisa e extensão. De acordo com a pesquisa, verificou-se que o nível de maturidade dos projetos desenvolvidos no âmbito do CDR estão localizados entre os níveis 3 a 6 na escala TRL, havendo maior quantidade de fontes disponíveis de natureza pública. Nesse sentido, é possível a obtenção de financiamento por meio de agências de fomento e Ministérios, além da possibilidade de recursos provenientes de emendas parlamentares.
Considerando-se o foco de pesquisa científica nas atuais carteiras de projetos, o financiamento via orçamento público mostra-se de extrema importância para a efetividade do programa. Nesse sentido, os programas e ações orçamentários do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) são aqueles melhor se adequam ao escopo CDR. Recomenda-se inclusive a criação de uma ação orçamentária específica para o financiamento do CDR, que seja vinculada ao CNPq ou Capes.