Resumo

Título do Artigo

BEAN TO BAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA SOBRE O MERCADO DE CHOCOLATE ARTESANAL
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Palavras Chave

Cacau fino.
Alimento sustentável.
Fair-trade.

Área

Agribusiness

Tema

Sustentabilidade nas Cadeias Agrícolas

Autores

Nome
1 - Acsa Keren Hosken Gusmão
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
2 - Juliana de Oliveira Becheri
IFSP - Insitituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de São Paulo - Campus Matão
3 - Daniel Leite Mesquita
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - LAVRAS
4 - Elisa Guimarães Cozadi
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia (DAE)
5 - Paulo Henrique Montagnana Vicente Leme
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia

Reumo

O Brasil já esteve em segundo lugar na exportação de cacau para o mundo (SANTELLI, 2023). Mas, devido a doença vassoura-de-bruxa, obteve queda de produção e perda de participação no mercado mundial (MOON, 2017). Atualmente, é o sétimo produtor de cacau do mundo (APEX BRASIL, 2023) e foi reconhecido pela International Cocoa Organization (ICCO) como produtor de cacau fino de aroma para exportação. Nesse cenário, o movimento Bean to Bar (do grão à barra), originado dos Estados Unidos, ganhou expressão nacional e vendas expressivas mesmo durante a pandemia (LONGUINHO, 2021).
Como o surgimento, a difusão e os princípios norteadores do mercado Bean to Bar têm sido retratados pela literatura acadêmica? Por meio de uma revisão sistemática integrativa (BOTELHO; CUNHA; MACEDO, 2011) pretende-se descrever o surgimento, a difusão e os princípios norteadores que movem o mercado.
O movimento Bean to Bar, surgiu na Califórnia, nos Estados Unidos, no final dos anos 1990 e chegou ao Brasil na primeira década dos anos 2000 (ABDALLA, 2021). Os principais fatores que impulsionam o crescimento deste setor são a demanda dos consumidores por produtos naturais e autênticos, assim como as preocupações relacionadas à cadeia produtiva, como a valorização dos produtores de cacau e o comércio direto (PERFECT DAILY GRIND, 2020). Embora esse nicho ainda seja pequeno, ele tem exercido influência no mercado de cacau tanto no Brasil quanto em todo o mundo (FRANGIONI, 2020).
Percebe-se que há ainda um espaço em aberto para novas pesquisas sobre o fenômeno Bean to Bar. Isto pois, a configuração do mercado é recente, estando em constante mudança seja através das interações dos atores deste mercado; ou até mesmo pela inclusão ou exclusão de princípios norteadores deste mercado, como: trabalho justo, rastreabilidade, alto teor de cacau, entre outros. Os estudos utilizados na amostra concentram-se atualmente em gestão e empreendedorismo, comportamento de consumo, impactos ambientais, sustentabilidade e fair-trade.
Observou-se que, grande parte dos trabalhos, abarcam os princípios norteadores do mercado, destacando os seguintes itens: comércio justo e direto, transparência e responsabilidade na cadeia produtiva, terroir, sensorialidade, origem e história e cacau fino. Observou-se também que os fatores como: rastreabilidade, qualidade, novas experiências, segurança alimentar e atributos de saúde contribuíram para o crescimento do mercado ‘Bean to Bar’ nos últimos anos. Portanto, existe um campo aberto em várias áreas de pesquisas para melhor compreender o fenômeno em questão.
BOTELHO, L. L. R.; CUNHA, C. C. A.; MACEDO, M. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, v. 5, n. 11, p. 121-136, 2011. FRANGIONI, Z. Power, Decadence, Resilience and Revolution. ReVista (Cambridge), v. 20, n. 1, p. 1-43, 2020. GILLER, M. Bean-to-bar chocolate: America's craft chocolate revolution: the origins, the makers, and the mind-blowing flavors. Hachette UK, 2017. TORRACO, Richard J. Writing integrative literature reviews: Using the past and present to explore the future. Human resource development review, v. 15, n. 4, p. 404-428, 2016.