Resumo

Pessoas trans procuram emprego, e quase sempre não conseguem nenhuma oportunidade pelo fato de não terem especialidades/ experiência na área. Esse cenário é causado por diversos fatores, como a dificuldade de inserção no mercado formal de trabalho. Além da falta de qualificação profissional causada pela exclusão social, familiar e escolar. No intuito de explorar maneiras para auxiliar a comunidade transexual, transgênero e travesti na entrada e sua permanência no mercado de trabalho formal.

Pergunta: Como projetos de capacitação e programas de recrutamento ajudam a elevar a empregabilidade da comunidade trans? Nosso objetivo é entender mais sobre os problemas que pessoas trangênero enfrentam no mercado de trabalho, verificar como a falta de profissionalização e especialização, e como a falta de escolaridade influenciam a falta de oportunidades de trabalho.

As pessoas trans deixam as escola pela falta de aceitação e preconceito, assim tendo menos oportunidades de trabalho. Um comportamento visto em empresas também, algumas obrigam o quadro de pessoas a não ser afeminados, para serem aceito e melhor recebido no ambiente de trabalho (MOURA, 2020). Antes da dedicação social à causa trans, eles foram ofendidos e menosprezados, mas foram criados sites, lugares e ONGS que ajudam auxiliando em conseguir um trabalho formal, beneficiando de muitas formas para facilitar a inclusão deles, para fazer parte da sociedade eficientemente, sendo igualitária.

Este estudo é qualitativo, por meio de um estudo de caso, fizemos entrevistas semiestruturadas e analisamos o conteúdo destas entrevistas. Este estudo possui um método qualitativo de pesquisa, que segundo Poupart et al. (2008), a pesquisa qualitativa coloca as experiências e histórias individuais no centro da investigação, permitindo que as vozes das pessoas sejam ouvidas e respeitadas. Por isso, optamos por realizar entrevistas como parte do desenho de nosso estudo qualitativo, pois isso humaniza a pesquisa e destaca a importância de cada indivíduo dentro do contexto estudado.

Durante o estudo, analisamos semelhanças entre os discursos de usuários e funcionários, como: alguns falaram de políticas públicas para pessoas trans; eventos de sensibilidade dentro das empresas; e como muitas pessoas trans conseguem emprego mediante recomendações. Em suma, podemos assimilar melhor alguns dados apresentados na fundamentação teórica agora. Por exemplo, segundo Magalhães (2019), 46% dos 1.069 entrevistados, sentiam-se inseguros com sua identidade; e durante nossas entrevistas, comentaram sobre como se escondia durante as entrevistas de emprego, pois sentiam-se da mesma forma.

Este estudo foi importante, por trazer contribuições para políticas públicas, para reverem as existentes e acrescente novas; em parceria com as empresas, para reverem seu processo seletivo e incluir pessoas trans no mercado de trabalho, concluímos a partir desse estudo que é necessário que se crie ambientes de inclusão dentro da empresa. Pois não basta contratar, é preciso criar um espaço amigável. Pretende-se continuar esta pesquisa com novos estudos, sendo eles: analise dados de pessoas trans contratadas; análise de vagas para pessoas trans e por fim; e entrevistar empresas afirmativas.

TAJFEL, Henri et al. An integrative theory of intergroup conflict. Organizational identity: A reader, v. 56, n. 65, p. 9780203505984-16, 1979. RICARDO, Kellyane. O mercado de trabalho para pessoas transexuais: considerações a partir da análise de duas iniciativas sociais. REVES - Revista Relações Sociais, v. 3, n. 4, p. 1-8, mai./nov. 2020. POUPART, Jean et al. A pesquisa qualitativa. Enfoques epistemológicos e metodológicos, v. 2, 2008. GOMES, Romulo; FELIX, Bruno. O self no armário: uma teoria fundamentada sobre o silêncio de gays e de lésbicas no ambiente de trabalho. Cadernos Ebape. BR, v.