Resumo

Título do Artigo

GOVERNANÇA CORPORATIVA EM FINTECHS
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Palavras Chave

Governança Corporativa
Fintech
Startup

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Governança Corporativa

Autores

Nome
1 - Thiago Luiz Pietschmann
MUST University (Flórida/EUA) - Flórida
2 - Graciella Martignago
MUST University (Flórida/EUA) - Mestrado em Administração

Reumo

As fintechs introduzem inovações no mercado financeiro por meio de uso intensivo de tecnologia, gerando potencialmente novos modelos de negócio. São organizações que tendem a crescer de forma acelerada, com poder potencial de interferência no sistema financeiro dos países, atuam em um ambiente extremamente regulado, possuem amplo poder sob dados dos usuários, atuam em um contexto que demanda a adoção de políticas de governança, não só para captação de recursos, como também para garantia de suas atividades de maneira transparente e segura para todos os shareholders e stakeholders.
A governança corporativa tem ganhado relevância após as crises econômicas e escândalos corporativos recentes, como o do Wirecard, mas ainda carece de estudos sobretudo para startups, em especial as fintechs, que estão em um ambiente regulado e inovador. O objetivo desse trabalho é apresentar os elementos de governança corporativa desenvolvidos pelas fintechs nos seus diversos estágios de desenvolvimento organizacional, no contexto brasileiro.
Haan e Vlahu (2016) e Hilb (2016) apresentam elementos que mostram a diferença entre a governança corporativa em instituições financeiras e em instituições não-financeiras a partir da teoria da agência (Fama e Jansen, 1983). O IBGC (2019) afirma que a governança corporativa ajuda a pavimentar o caminho das startups e das scale-ups, enquanto Banco Central do Brasil (2020), Najaf et al. (2021), McWaters e Galaski (2017), contribuem com a governança no contexto das fintechs.
Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, com estudo de casos múltiplos. Foram selecionadas 3 empresas que passaram pela aceleração na LIFT, aceleradora coordenada pela Fenasbac e pelo Banco Central do Brasil. Observou-se o tamanho da empresa, o tipo de fintech, a disponibilidade dos gestores chaves. Foram coletados dados primários, por meio de estrevistas semi-estruturadas com os fundadores das empresas. As fintechs foram classificadas pela escala TRL (Technology Readiness Level) e pelo modelo de maturidade de startups proposto pelo IBGC (2019).
A partir dos dados coletados nesse estudo propõe-se que: 1. Os fundadores das fintechs não reconhecem a efetividade do modelo de governança por estágios desenvolvimento da startup. 2. A adoção de mecanismos de governança corporativa não está relacionada ao potencial de captação de recursos no caso das fintechs. 3. O regulador não sugere a adoção de instrumentos de governança ao longo das fases de desenvolvimento das fintechs, mesmo que em ambiente de aceleração. 4: Os clientes impõem a adoção de determinados mecanismos de governança.
Constatou-se que as empresas não seguiram as prescrições apresentadas pelo modelo sugerido pela literatura pois os fundadores das fintechs não reconhecem a efetividade do modelo de governança por estágios desenvolvimento para startups. A governança corporativa é um importante instrumento de gestão e mitigação de riscos em qualquer estágio organizacional, mas não existe um melhor modelo de adoção dos mecanismos de governança para fintechs, o que foi proposto a partir dos dados coletados junto aos caso. Foi criado um modelo com 4 fases e seus respectivos elementos de governança.
Asensio-López, D., Cabeza-García, L., & González-Álvarez, N. (2019). Corporate governance and innovation: a theoretical review. European Journal of Management and Business Economics, 28(3), 266–284. DOI: https://doi.org/10.1108/EJMBE-05-2018-0056 De Haan, J., & Vlahu, R. (2016). Corporate governance of banks: A survey. Journal of Economic Surveys, 30(2), 228-277. DOI: https://doi.org/10.1111/joes.12101 Kreuzberg, F., & Vicente, E. F. R. (2019). Para onde estamos caminhando? Uma análise das pesquisas em governança corporativa. Revista de Administração Contemporânea, 23, 43-66. DOI: https://