Resumo

Título do Artigo

O EFEITO DA INOVAÇÃO NA PERFORMANCE FINANCEIRA DAS EMPRESAS
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Palavras Chave

Inovação Incremental
Inovação Radical
Ambidestria

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - Hugo de Paula Franco Teixeira
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - São Paulo
2 - Adriana Bruscato Bortoluzzo
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - São Paulo

Reumo

Relacionar investimentos em inovação com o desempenho financeiro das empresas é fundamental para entender se de fato inovação gera valor nas empresas que adotam tal estratégia. De fato, inovação é um tema que tem despertado o interesse de vários públicos que visam, em última instância, compreender e dominar o mecanismo dessa relação. No entanto, nota-se nesses estudos a ausência de convergência em relação à influência da inovação na performance financeira das empresas, bem como o fato de não adotarem as premissas que modelam adequadamente a natureza multidimensional dessa relação.
A literatura não apresenta convergência sobre a influência da inovação na performance das empresas. Em geral, estudos não adotam premissas adequadas para modelar a complexidade e a natureza multidimensional desse fenômeno. Assim, o objetivo do trabalho foi investigar a influência da inovação incremental, radical e da ambidestria na performance financeira das empresas.
Empresas inovam de formas distintas (inovação incremental ou radical) a depender do contexto, não havendo uma convergência quanto a influência da inovação no desempenho financeiro das empresas. Assim, formulou-se as seguintes hipóteses: a inovação incremental influencia o desempenho financeiro da empresa (H1) e a inovação radical influencia o desempenho financeiro da empresa (H2). Considerando ainda o conceito único criado pela interação eficiente da inovação incremental e inovação radical, a ambidestria, testa-se o seguinte: a ambidestria influencia o desempenho financeiro da empresa (H3).
Este estudo empírico pretende compreender a influência de investimentos em uma estratégia de inovação na performance financeira das empresas. Para tanto, coletou uma amostra de 18.344 empresas, sediadas em 12 países, representantes de economias desenvolvidas (países que compõem o G7) e países representantes de economias em desenvolvimento (países que compõem o grupo aglutinado pelo acrônimo BRICS), no período de 2013 a 2022. Os dados foram analisados por meio de painel dinâmico, estimado via Método Generalizado dos Momentos (GMM), segundo o prescrito por Arellano e Bond (1991).
Os resultados da pesquisa mostraram que tanto investimentos em inovação incremental quanto em inovação radical tiveram uma influência negativa na performance financeira das empresas, medida pelo ROA. Porém, não foi encontrada uma influência estatisticamente significativa da ambidestria na performance financeira das empresas estudadas. Nas empresas dos países em desenvolvimento, a ambidestria teve influência no desempenho financeiro, enquanto nas empresas dos países desenvolvidos, a inovação incremental e a radical foram as variáveis que afetaram o desempenho financeiro das empresas.
A estratégia de inovação pode demandar recursos significativos, comprometendo a performance financeira no curto e médio prazo. Além disso, conflitos internos e externos podem afetar a criação de vantagem competitiva por meio da inovação. O uso balanceado de inovação incremental e radical pode ser promissor em empresas de países em desenvolvimento. A decisão por uma estratégia de inovação deve ser cautelosa e considerar o contexto amplo. Estudos futuros devem explorar aspectos internos e externos do investimento em inovação e a relação temporal com o retorno financeiro.
Crossan e Apaydin, 2010; Brito et al., 2009; Cho e Pucik, 2005; Chen, 2017; Hult et al., 2004; Karabulut, 2015; Calantone et al., 2002; Mahlich, 2010; Choi e Lee, 2008; Jenssen e Aasheim, 2010; Olson et al., 2005; Gopalakrishnan e Damanpour, 1997; Arellano e Bond, 1991; Birkinshaw e Gupta, 2013; Severgnini et al., 2018.