Resumo

Título do Artigo

MAPEAMENTO DOS PRINCIPAIS ATORES DO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO NO INTERIOR DA AMAZÔNIA: UM ESTUDO DE CASO EM SANTARÉM, NO PARÁ
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Palavras Chave

Ecossistema de Inovação
Atores de Inovação
Desenvolvimento Regional

Área

Artigos Aplicados

Tema

Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação

Autores

Nome
1 - Márcia Waimer Spinola Arouca
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ (UFOPA) - Ufopa
2 - Abraão Mário de Souza Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ (UFOPA) - Campus Universitário de Monte Alegre
3 - Antônio do Socorro Ferreira Pinheiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ (UFOPA) - Icta
4 - Manoel Roberval Pimentel Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ (UFOPA) - Campus de Santarém
5 - FABIO MANOEL FRANCA LOBATO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ (UFOPA) - Instituto de engenharia e geociências

Reumo

Com o objetivo promover o desenvolvimento regional, fomentar o desenvolvimento sustentável e a manutenção da biodiversidade, mapeamos os principais atores do ecossistema de inovação em uma cidade localizada no coração da Amazônia, Santarém, Pará. Para tal, utilizamos a metodologia Delphi, onde entrevistamos especialistas atuantes no ecossistema de inovação da região. Os achados da pesquisa trazem luz à mais uma ferramenta para fomentar o viés empreendedor na região e subsidiar a construção de políticas públicas efetivas com enfoque em Bioeconomia, sustentabilidade e ecoturismo.
Ecossistemas de Inovação são definidos por Ramos Filho et al (2017) como atividades entre atores que competem e/ou cooperam em um ambiente em comum, realizando trocas cíclicas de recursos e conhecimento, adotando novas tecnologias para melhorar sua capacidade de sobrevivência. É a relação entre esses atores que gera dinâmica ao ecossistema. Atualmente, Teixeira, Trzeciak e Varvakis (2017) classificam os atores mapeados em sete hélices as quais compõem um ecossistema. Somando-se a estes dois conceitos basilares, temos a Metodologia Delphi, bastante difundida na área.
Promover o desenvolvimento econômico na Amazônia, ao mesmo passo que se mantenha a floresta em pé, se assegure os direitos dos povos tradicionais e se preserve a biodiversidade, é um desafio patente. O empreendedorismo inovador, em enfoque na Bioeconomia, tem se mostrado uma alternativa viável a atividades degradantes como o agronegócio e mineração. Assim, o presente trabalho tem como objetivo o mapeamento dos atores do ecossistema de inovação da cidade de Santarém, no Pará, e suas interconexões; os achados de pesquisa têm o potencial de guiar políticas públicas para fomentar o ecossistema.
O presente estudo evidenciou que a Universidade possui papel ímpar no desenvolvimento de um ecossistema de inovação efetivo. Entretanto, a Ufopa ainda não dispõe de mecanismos adequados para concretização de uma cultura empreendedora. Destarte, é urgente que a instituição entenda seu papel central no ecossistema de inovação regional e complemente as ações que já existem, como o desenvolvimento de uma incubadora de de empresas, a efetivação do Parque Tecnológico, além da facilitar a prestação de serviços à sociedade por meio de docentes e laboratórios.
Foram identificados plurais atores que cooperam para o ecossistema de inovação de Santarém, destacando aqueles vinculados ao Governo, às Universidades, aos Empreendedores e às instituições de fomento, que se sobressaem nas atividades desenvolvidas. Entretanto, faltam conexões que são fundamentais para o modelo de ecossistema de inovação. Uma relevante ausência detectada é de um espaço que congregue de forma objetiva esses atores. A universidade mostrou-se como o habitat com maior potencial para congregar o ecossistema.
A região tem potencial para o empreendedorismo inovador e negócios bioeconômicos podem encontrar capacidade de desenvolvimento. O papel da Universidade nesse cenário foi evidenciado, pois possui o viés de agregar o maior número de atores. Por meio de políticas públicas, instituições de fomento e de conhecimento, é possível evoluir pois existe uma estrutura mínima de um ecossistema de inovação em fase inicial de desenvolvimento. Para a eficácia de um ambiente de inovação, o envolvimento dos atores deve ser contínuo, gerando conhecimento e aprendizagem por meio de mecanismos de colaboração.