Resumo

Título do Artigo

Para Além da Comunicação Institucional: uma análise crítica dos relatos integrados
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Palavras Chave

Relato Integrado
Transparência
Stakeholders

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégias ESG e Sustentabilidade Corporativa

Autores

Nome
1 - Anderson Seoane Resende
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Programa de Pós Graduação em Administ - Prédio Redentoristas
2 - Armindo dos Santos de Sousa Teodósio
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

A nova estrutura de relatórios integrados é vista como uma melhoria em relação ao relatório anual tradicional, especialmente em empresas listadas nas bolsas de valores. Especial atenção tem-se dado à integração de dados financeiros e não-financeiros, como forma de proporcionar diálogo e efetividade no engajamento de stakeholders para geração de valor no longo prazo para as organizações. Contudo, ainda há grandes lacunas discursivas e práticas que são debatidas nesse artigo com base na literatura e à luz da Teoria dos Stakeholders.
Segundo Rinaldi, et al, (2018), há uma lacuna na literatura sobre relatórios integrados em fase final, do que o autor denomina como “ideia da jornada” (tradução livre feita pelos autores deste artigo) de relato. Essa fase final leva em conta o impacto da ideia perante seu Stakeholders. Tal lacuna ressalta o caráter estratégico do relato integrado, mas aponta as distorções da prática e reforça as lacunas no campo de pesquisa que indicam problemas de gestão em diferentes perspectivas, o que culmina na questão: como o processo de relato integrado gera valor de longo prazo para as organizações?
Este estudo buscou na literatura acadêmica e em documentos de entidades multi-empresariais, órgãos reguladores e organizações internacionais de referência na elaboração de padrões, normas e metodologias de relatórios financeiros e não-financeiros, dados e informações para analisar a evolução do processo de relato, suas lacunas e perspectivas.
No Brasil, apesar dos esforços de padronização das diretrizes de relato por diversas organizações multilaterais, com o intuito de desenvolver uma cultura de relato que possibilitasse gerar valor para as empresas relatoras no longo prazo. Observou-se, no entanto, que a própria metodologia criada apresenta fragilidades em sua aplicação, em função de distorções discursivas e lacunas de gestão evidenciadas pela falta de legitimação dos stakeholders, que poderiam ser equacionados a partir de maior rigor na gestão do processo de relato e no aumento da participação dos stakeholders.
Com isso, é possível concluir que a qualidade final dos relatórios ainda está distante das expectativas dos públicos de interesse. Na maioria, falta relevância e significado para a grande massa de informação. Inúmeras dúvidas não são respondidas para aqueles que acompanham o negócio, como investidores e acionistas, e para o público geral que deseja entender as prioridades da empresa. Quando os relatórios têm substância e coerência, são lidos e fazem parte do processo decisório de todos os seus públicos. Quando não, tornam-se apenas peças de marketing com discurso vazio.
Assan, M. A., Serra, F. R., Meira, S. R., & Kniess, C. T. (2018). A pesquisa em gestão da sustentabilidade ambiental: evolução intelectual e agenda futura a partir de um estudo bibliométrico de citação e cocitação. Desenvolvimento em Questão, 16(42), 342-374. Atkins, J., & Maroun, W. (2015). Integrated reporting in South Africa in 2012: Perspectives from South African institutional investors. Meditari Accountancy Research, 23(2), 197-221. Freeman, R. E., Harrison, J. S., Wicks, A. C., Parmar, B. L., & De Colle, S. (2010). Stakeholder theory: The state of the art.